Início Cidades & Mineradoras Tribunal de Justiça de Alagoas acumula 1099 processos do caso Braskem

Tribunal de Justiça de Alagoas acumula 1099 processos do caso Braskem

Instabilidade provocada por mina da empresa obrigou mais de 60 mil pessoas a abandonarem suas casas no final de 2023; Processos também tramitam na Justiça Federal
Foto: Caio Loureiro/ TJAL - Instabilidade provocada por mina da empresa obrigou mais de 60 mil pessoas a abandonarem suas casas no final de 2023; Processos também tramitam na Justiça Federal

 

Conforme dados divulgados pelo Tribunal de Justiça de Alagoas, o órgão possui abertos atualmente 1.099 processos relativos ao caso Braskem. O episódio levou ao isolamento total de cinco bairros de Maceió, obrigando cerca de 60 mil pessoas a abandonarem suas casas por conta da instabilidade do solo provocada pela exploração de uma mina de sal-gema. Uma área equivalente a 20% da capital alagoana foi desocupada. Uma das minas, no bairro de Mutange,se rompeu em dezembro.

O presidente do TJAL, desembargador Fernando Tourinho, apresentou os dados sobre processos aos representantes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que chegaram na quarta-feira (17) à capital alagoana para inspecionar a tramitação do caso Braskem (foto).

Paralelamente, mais de 18 mil acordos entre pessoas atingidas e a empresa foram homologados pela 3ª Vara Federal de Maceió, uma das responsáveis pelo caso. Apesar disso, “entre as vítimas das consequências do afundamento do solo na capital alagoana, há queixas a respeito do valor pago pela indenização dos imóveis e também pelos danos morais”, disse o CNJ, em nota.

Processos também tramitam na Justiça Federal

Além de Tourinho, a comitiva do CNJ se reuniu com o governador de Alagoas, Paulo Dantas. Dos encontros, o órgão informou ter ficado estipulado um plano operacional para reforçar as equipes da Justiça Federal de Alagoas, onde também tramitam processos sobre o caso Braskem.

Ao CNJ, a Secretaria da Fazenda de Alagoas também apresentou cálculos segundo os quais os prejuízos causados ao estado pode chegar a R$ 30 bilhões, cifra que já havia sido divulgada em dezembro.

Nesta quinta-feira (18), estão previstos encontros com o presidente da Assembleia Legislativa de Alagoas e o defensor-público geral do estado, Carlos Eduardo de Paula Monteiro.

“Estamos aqui para identificar, ouvir e saber de que forma podemos ajudar para que os processos tramitem com eficiência e para que a população atingida possa ter respostas no tempo adequado”, destacou a secretária-geral do CNJ, Adriana Cruz.

A comitiva do CNJ inclui também o corregedor-nacional de Justiça, ministro do STJ Luis Felipe Salomão, e integrantes do Observatório de Causas de Grande Repercussão, mantido em conjunto pelo CNJ e pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). Em dezembro, o caso Braskem recebeu nível de atenção de grau 3 pelo colegiado, o que prevê o acompanhamento contínuo junto às autoridades competentes. As informações são da Agência Brasil.

Sair da versão mobile