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Jaguar Mining interdita acesso à Comunidade de Casquilho de Cima por risco de colapso de rejeitos

Imagem: Divulgação - Decisão ocorre após deslizamento parcial que deixou casas soterradas e ameaça a segurança na Comunidade de Casquilho de Cima, em Conceição do Pará no começo de dezembro que afetou diversas casas da região

 

A empresa Jaguar Mining anunciou no sábado (28), a interdição do acesso à comunidade de Casquilho de Cima, em Conceição do Pará, Centro-Oeste de Minas Gerais, devido ao risco iminente de rompimento da pilha de rejeitos da Mina Turmalina.

A medida foi adotada pelo Comando Unificado de Operações, formado por autoridades municipais e estaduais, além de representantes da própria mineradora. O acesso à área ficará bloqueado por tempo indeterminado, a fim de proteger a população local.

O comunicado informa que o Comando já iniciou um planejamento para permitir que as pessoas realocadas possam acessar seus imóveis de forma segura e ordenada, com o objetivo de retirar itens pessoais de suas residências. No entanto, a entrada na área interditada será rigorosamente controlada.

Deslizamento e interdição das operações na Comunidade de Casquilho de Cima

Em 16 de dezembro, a Superintendência Regional do Trabalho de Minas Gerais (SRTE/MG) havia interditado as operações na Mina Turmalina, após auditores-fiscais identificarem o risco iminente no local. O ambiente foi considerado impróprio para o trabalho, devido à instabilidade da pilha de rejeitos.

A Jaguar Mining informou que está realizando obras para garantir a estabilidade da pilha de rejeitos na Comunidade de Casquilho de Cima, adotando as melhores práticas de segurança e saúde para seus trabalhadores. A empresa enfatizou que todas as ações estão sendo feitas com a máxima cautela para evitar novos incidentes.

Deslizamento e Impacto na Comunidade

O incidente mais grave ocorreu em 7 de dezembro, quando o colapso parcial da pilha de rejeitos soterrou cinco casas e interditou outras 109 na comunidade de Casquilho de Cima. O deslizamento forçou 134 moradores a deixarem suas casas de forma abrupta e buscar abrigo em hotéis de cidades vizinhas, como Pitangui, Nova Serrana e Pará de Minas. Algumas famílias optaram por se abrigar em casas de parentes.

Em 11 de dezembro, um novo movimento da pilha gerou preocupação, com uma área de aproximadamente 500 m² se desprendendo do topo e se acomodando na base da estrutura. Felizmente, não houve registros de novas casas atingidas, mas o incidente reforçou a necessidade de medidas rigorosas para garantir a segurança dos moradores da região.

A Jaguar Mining segue monitorando a situação e trabalhando para estabilizar a área, enquanto as autoridades locais e a empresa buscam soluções para o reassentamento dos moradores afetados e a prevenção de novos desastres.

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