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Oito anos após o maior desastre ambiental do país, Samarco concluiu reestruturação de seu passivo

Vale e BHP ainda discutem um acordo de reparação para o desastre da barragem de Fundão em 2015

Imagem: Divulgação - Oito anos após o maior desastre ambiental do país, Samarco concluiu reestruturação de seu passivo

Após oito anos após a maior catástrofe ecológica da história do país, a Samarco cumpriu com suas obrigações financeiras e agora pode se concentrar totalmente em suas operações.

A mineradora, que está sob controle da Vale e da BHP e atualmente em recuperação judicial, emitiu recentemente US$ 4 bilhões em títulos internacionais com vencimento em 2031. Essa emissão permitiu a troca da dívida anterior, que consistia em títulos que foram definidos com vencimento em 2022, 2023 e 2024.

Lucro deve atingir US$ 787 milhões

Os credores financeiros subscreveram US$ 3,7 bilhões do valor total emitido, enquanto os acionistas contribuíram com US$ 260 milhões. Como resultado, a Samarco reduziu com sucesso a sua dívida com credores financeiros internacionais de US$ 4,8 bilhões para US$ 3,7 bilhões.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) deve atingir US$ 787 milhões (cerca de 3,9 bilhões de reais, considerando o câmbio médio do ano de 5 reais segundo o Valor Data), e a recuperação da capacidade de geração de caixa da empresa já equivale a um desastre.

Por fim, a Samarco encerrou 2022 com prejuízo de 12 bilhões de reais, elevando suas perdas acumuladas para 4,2 bilhões de reais nos primeiros nove meses do ano.

Samarco pediu recuperação judicial em 2021

A Samarco entrou em recuperação judicial em 2021 e recebeu aprovação em setembro para reestruturar dívidas de 50 bilhões de reais.

Desse montante, aproximadamente 26 bilhões de reais representam títulos emitidos no exterior e algumas linhas de financiamento pré-exportação detidas por credores financeiros, enquanto o restante é dívida aos próprios acionistas, relacionada à transferência de recursos após o rompimento da barragem de Fundão, no Mali, em 2015 Cidade de Yana – Inclui subsídio à Fundação Renova.

A dívida com credores financeiros foi renegociada com desconto de 25% no âmbito de um plano de recuperação aprovado em setembro. Os acionistas concordaram em converter parte de seu crédito em capital social da Samarco e o restante de seu crédito em instrumentos subordinados a novos títulos.

Vale e BHP ainda discutem um acordo de reparação para o desastre da barragem de Fundão em 2015. De 2024 a 2024, a contribuição da Samarco para o financiamento das obrigações de remediação relacionadas a rompimentos de barragens, incluindo recursos da Fundação Renova, será limitada a US$ 1 bilhão. 2030. Os recursos acima desse valor serão financiados pela Vale e pela BHP Billiton.

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