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CSN processa 5 ativistas após críticas à atuação da empresa em Congonhas

Um antigo estudo de 2009 encomendado pela CSN estimou que o rompimento da barragem de Casa de Pedra poderia destruir 350 casas e matar até 1.500 pessoas

Imagem: Elizabete Guimarães/ALMG/Divulgação - CSN processa 5 ativistas após críticas à atuação da empresa em Congonhas

Cinco pessoas que manifestaram suas preocupações sobre as atividades da CSN em Congonhas (MG) durante audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais foram alvo de ações judiciais por parte da empresa.

Entre os alvos estão um ambientalista, um sindicalista e três ativistas do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), que foram notificados legalmente, exigindo-lhes que fornecessem explicações no prazo de 48 horas, ou enfrentariam um potencial processo criminal ao abrigo do artigo 144 do Código Penal, que abrange crimes como calúnia, difamação ou insulto.

Ativistas manifestaram preocupação sobre a situação dos moradores de Congonhas com a CSN

Durante o plenário da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, ocorrido no dia 25 de setembro, ativistas manifestaram as preocupações manifestadas por moradores de Congonhas e funcionários da CSN. Apesar de convidada, a empresa optou por não enviar representante para participar da discussão.

O MAB denuncia a perseguição à CSN como um esforço para silenciar aqueles que se opõem aos seus projetos, explorando a lacuna de recursos entre a empresa multibilionária e os afetados, que têm menos recursos para se defenderem.

A preocupação dos moradores de Congonhas está voltada para a barragem do complexo Casa de Pedra, da CSN, que armazena 63,3 milhões de metros cúbicos de rejeitos e fica a poucos metros de áreas residenciais.

Congonhas fica na mesma região de Minas Gerais que Mariana e Brumadinho, aumentando os temores. A barragem de rejeitos da mina Córrego do Feijão da Vale, em Brumadinho, rompeu em 2019, matando 270 pessoas e gerando 12,7 milhões de metros cúbicos de rejeitos (melhor que os rejeitos da CSN em Congonhas). , causou um desastre no rio Doce em 2015 que matou 19 pessoas e armazenou 43,7 milhões de metros cúbicos de resíduos.

Um antigo estudo de 2009 encomendado pela CSN estimou que o rompimento da barragem de Casa de Pedra poderia destruir 350 casas e matar até 1.500 pessoas.

Os temores da última tragédia levaram a uma busca por detalhes sobre os planos da empresa. Em dezembro de 2022, a CSN Mineração anunciou investimento de R$ 13,8 bilhões no complexo de Casa de Pedra e deverá acelerar a capacidade de produção até 2027.

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