A Fazendinhas Baú, localizada em Pompéia, Minas Gerais, é uma das diversas comunidades afetadas pelo rompimento da barragem do Vale, em Brumadinho.
Quase cinco anos após os crimes socioambientais terem sido cometidos na bacia do rio Paraopeba, 600 moradores da região reclamam da falta de água potável e da negligência das mineradoras.
Moradores tiveram que mudar ser hábitos por conta do rompimento da barragem da Vale
As casas são abastecidas com água por meio de sistema de captação e bombeamento de poço artesiano, administrado por empresa local. Desde que a barragem rompeu, os moradores têm dúvidas sobre a qualidade da água que recebem.
Eles relatam que receberam a visita de um trabalhador da mineradora e foi informado que a água era segura para consumo, mas continuou desconfiado.
Ou seja, quem tinha uma horta em casa, teve que abandonar a produção e hoje precisa ir até o mercado para comprar frutas, legumes e verduras. Entretanto, o medo ainda é persistente por não saber de onde vêm esse alimento e se a água contaminada da Vale faz parte da irrigação.
O Instituto Guaicuy, consultoria independente de tecnologia (ATI) que atua na região, lançou no mês passado um documentário sobre a realidade enfrentada pelas famílias da comunidade Fazendinhas Bau.
No filme de 17 minutos, os moradores descrevem o impacto do rompimento da barragem da Vale e como a poluição do rio mudou seu modo de vida.