A Região do Vale do Aço concentra-se no interior do estado de Minas Gerais, no Vale do Rio Doce, e compreende os municípios de Coronel Fabriciano, Ipatinga, Santana do Paraíso e Timóteo, além de outras 24 cidades.
É conhecida internacionalmente graças a grandes empresas locais como Aperam South America (antiga Acesita), Cenibra e Usiminas e, embora seu assentamento seja relativamente novo, corresponde a um dos grandes centros urbanos do interior do estado.
Conheça a história do Vale do Aço
Os esforços para explorar o Vale do Rio Doce em busca de minerais valiosos começaram durante o século XVI, mas provaram ser infrutíferos. No século XVII, os colonos foram proibidos de se estabelecer na área e criar novas rotas que permitissem o transporte de ouro da região central de Minas Gerais pelo rio Doce e seus afluentes, a fim de evitar o contrabando.
Em 1755, o assentamento foi estabelecido após uma diminuição na produção de ouro em Minas Gerais. Nessa época, foi construída uma estrada ligando Vila Rica (atual Ouro Preto, então capital da província de Minas Gerais) a Cuieté.
A estrada destinava-se ao transporte de ouro extraído da região do atual município de Conselheiro Pena, mas as reservas de ouro foram esgotadas em 1780. Consequentemente, a estrada foi reaproveitada como uma rota entre Ouro Preto e uma prisão localizada em Cuité, daí seu nome , Estrada do Degredo.
No século 20, a região do Vale Verde permanecia praticamente desabitada e envolta nas profundezas intocadas da Mata Atlântica. O desenvolvimento da área foi impulsionado pelo arrendamento da Estrada de Ferro Vitória a Minas (EFVM) entre 1911 e 1929. A construção da ferrovia foi interrompida durante a Primeira Guerra Mundial quando chegou a Belo Oriente no final da década de 1910.
Porém, foi retomada na década seguinte, dando origem aos primeiros núcleos urbanos em Coronel Fabriciano e Timóteo. Os trabalhadores que estiveram envolvidos na construção da ferrovia foram os responsáveis pelo surgimento desses polos e, posteriormente, da cidade de Ipatinga.
O desenvolvimento estrutural da MG-4 (atual BR-381) na região também contribuiu para a formação do perímetro urbano. Durante a década de 1930, o início dos complexos industriais iniciais foi a principal razão para o rápido crescimento da população urbana na região.
Em 1974, foi formada a primeira comissão de apoio ao reconhecimento do Vale do Aço como aglomerado urbano, conquistando audiência com Rondon Pacheco, então governador de Belo Horizonte, e levantando recursos para a implantação do projeto. Neste ano, foi criada a Associação Municipal da Microrregião do Vale do Aço (AMVA).
O processo conhecido como Vale do Aço, reconhecido em decorrência da união funcional da Lei Complementar nº 51, de 30 de dezembro de 1998, integra Coronel Fabriciano, Ipatinga, Santana do Paraíso e Timóteo, entre outras, formalizada como Região Metropolitana pela Lei Complementar nº 90, de 12 de janeiro de 2006.
O Vale do Aço tornou-se conhecido internacionalmente graças à presença de grandes empresas como a Cenibra (Belo Oriente), Aperam South America (Timoteo) e Usiminas (Ipatinga), cujos produtos são exportados em volume bastante impressionante. Como o nome sugere, a região se destaca pela produção de aço, aço inoxidável e produtos metal mecânicos.
Desde a década de 1930, a criação de parques industriais na atual RMVA tem sido responsável pela atração de empresas que prestam, complementam e prestam serviços às atividades produtivas.
Com a instalação da Cenibra houve também um impulso para a produção de celulose e papel a partir da década de 1970, o que significou a utilização de grandes extensões de terra para a produção e extração de madeira.