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Samarco utiliza mais de 3 milhões de toneladas de rejeitos em obras de descaracterização de barragens em Mariana

Foto: Divulgação - Empresa diz que Iniciativa contribui para o avanço do processo de desativação de estrutura com práticas de mineração circular; Samarco aposta na sustentabilidade

 

Lembrada inevitavelmente como protagonista da tragédia de Mariana, em 2015, a Samarco vem tentando alterar sua imagem perante a sociedade apostando no incremento de práticas sustentáveis na mineração. É o caso da utilização de mais de 3 milhões de toneladas de rejeito arenoso gerado no Complexo de Germano, em Mariana, nas obras de descaracterização da Barragem do Germano e do Vale do Fundão.

A execução da iniciativa ocorreu entre janeiro e outubro deste ano. A empresa estima que o aproveitamento represente mais de 55% do total de material produzido, ajudando a tornar o processo de desativação da barragem mais sustentável, além de contribuir para o aumento da vida útil das atuais estruturas de disposição, como a Pilha de Disposição de Estéril e Rejeito (PDER) Alegria Sul.

O gerente-geral de Execução de Projetos da empresa, Eduardo Moreira, explica que o rejeito arenoso apresenta as características necessárias para ser utilizado com segurança nas obras: “Trata-se de um material homogêneo, o que facilita o seu manuseio, e suas características geotécnicas atendem às premissas e critérios do projeto. Com essa utilização, damos uma destinação eficiente para o material e evitamos a compra e o transporte de novos insumos, como areia e pedra. São diversos ganhos em aspectos de circularidade e sustentabilidade”.

O aproveitamento de rejeitos é, de acordo com a Samarco, uma oportunidade de contribuir para o atingimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) relacionados à indústria, inovação e produção sustentável.

Técnica aplicada pela Samarco

Conforme divulgado pela empresa, o rejeito arenoso é utilizado em uma etapa do processo de descaracterização que elimina o acúmulo de água dentro do reservatório da barragem. Ele serve como material base para correção do greide topográfico, ou seja, ajuda a direcionar o fluxo de água para o sistema de drenagem, facilitando, assim, a eliminação do excesso de água. Além disso, ele também é utilizado no reforço das estruturas. As obras de descaracterização da Barragem do Germano estão em estágio avançado, com 87,3% das intervenções concluídas.

Ainda de acordo com a Samarco, a estratégia de aproveitamento de rejeito arenoso também foi aplicada na descaracterização da Cava do Germano, concluída em julho do ano passado, antes do prazo previsto. “A iniciativa está alinhada ao conceito de circularidade, buscando que os materiais sejam continuamente reutilizados, reduzindo o desperdício e aproveitando ao máximo os recursos disponíveis. Para os próximos anos, a expectativa é continuar utilizando grande parte do rejeito arenoso nas obras de descaracterização da barragem e na proteção de outras estruturas do Complexo de Germano”, diz a companhia.

Especialista em Inovação da Samarco, Marcos Gomes Vieira, destaca que a empresa está desenvolvendo outros projetos para ampliar o uso do rejeito arenoso, incluindo sua aplicação como matéria-prima na fabricação de concreto, e para aproveitamento do rejeito ultrafino (lama) em pavimentações ecológicas: “Além de dar destinações alternativas para o rejeito, estamos trabalhando com melhorias nos processos que aumentam a eficiência das plantas de beneficiamento e ajudam a reduzir a geração de rejeitos”.

A coordenadora de Sustentabilidade da Samarco, Denise Peixoto, complementa que, além dos resultados técnicos e ambientais significativos, a pesquisa e desenvolvimento no aproveitamento dos rejeitos e sua aplicação nas iniciativas mencionadas ainda tem impactos sociais positivos locais.

“A redução da necessidade do consumo de novos recursos otimiza a logística minimizando o volume de tráfego de grande porte na região. E reforça o compromisso da empresa, especialmente com as comunidades vizinhas e municípios mineradores, em garantir a destinação adequada e aumentar formas de valorização do rejeito com investimento em inovação e incentivo à economia circular, como sua integração em outras cadeias produtivas e atividades do negócio”, destaca a coordenadora.

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