A União Europeia anunciou que, a partir de abril, aumentará em 15% as cotas de importação de aço para proteger seu mercado contra a crescente entrada de produtos siderúrgicos, especialmente após as novas tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos. A decisão visa garantir que os produtores locais não sejam prejudicados pela concorrência desleal de aço desviado do mercado norte-americano.
A medida ocorre em um momento delicado para a indústria siderúrgica europeia, que já enfrenta desafios como altos preços de energia e intensa competição com países da Ásia e outras regiões. Produtores europeus temem que, com as tarifas comerciais de 25% aplicadas pelos EUA durante o governo de Donald Trump, aço de países como Canadá, Índia e China seja redirecionado para a Europa, exacerbando ainda mais a pressão sobre o setor.
Plano de ação Europeu para aço e metais busca fortalecer a indústria local
Em resposta ao cenário, a Comissão Europeia está preparando uma série de iniciativas comerciais dentro de um novo Plano de Ação Europeu para Aço e Metais. O plano, que está sendo discutido internamente, inclui possíveis restrições adicionais às importações para garantir a viabilidade da indústria metalúrgica europeia.
Um rascunho do plano, acessado pela Reuters, sugere que medidas como essas sejam fundamentais para evitar que o bloco se torne um ponto de “dumping” de aço proveniente de mercados como os EUA.
Com o mercado europeu buscando formas de mitigar os impactos dessas mudanças, as medidas podem ter implicações significativas para o comércio internacional e para as relações comerciais da UE com outros grandes produtores globais.