O Instituto Brasileiro de Pesquisa Mineira (IBRAM) acredita que a indústria da mineração ocupa uma posição importante na nova política industrial do Brasil.
Essa declaração veio depois que o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, e o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, anunciaram o “Plano Brasil Novo” na sessão da Assembleia Popular Nacional na tarde de segunda-feira (22), com a presença também do Diretor Presidente do IBRAM, Raul Jungmann, que é membro do conselho de administração presidido por Alckmin.
“Uma das missões da neoindustrialização do país, por exemplo, é composta pelos temas descarbonização e transição energética. São iniciativas que demandam oferta abundante de minérios considerados críticos para a transição a uma economia de baixo carbono. É o caso do lítio, do tântalo, do vanádio, do nióbio, e também do minério de ferro, cobre, bauxita (alumínio), elementos de terras raras, entre tantos outros”, diz Jungmann.
Presidente do IBRAM diz que falta algumas ações para melhoras do setor industrial na mineração
Na visão do diretor, isso significa que a matriz produtiva nacional precisa incorporar novas tecnologias e equipamentos que devem ser desenvolvidos a partir do abastecimento mineral. No entanto, ainda existem obstáculos que precisam de ser ultrapassados e “podemos transformá-los em oportunidades para criar negócios, atrair investimentos, expandir empregos e proporcionar mais receitas ao nosso país”, observou Jungmann.
Os principais obstáculos incluem:
- Falta de conhecimento geológico – apenas 27% do território possui algum tipo de informação mineral;
- Falta de linhas de financiamento para projetos minerais;
- Licenciamento ambiental burocrático e demorado;
- Ambiente regulatório gravemente falho.
Para o presidente do IBRAM, “se o Brasil deseja uma indústria mais inovadora, digital, verde, exportadora e produtiva, o país deve investir na expansão sustentável da produção mineral”.