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Região do Vale do Lítio registrou números expressivos de abertura de novas empresas em 2023

Foto ilustrativa/ Reprodução - Vales do Mucuri e Jequitinhonha tiveram 18,45% de alta, melhor desempenho desde 2019; Novo panorama com a exploração do lítio incentiva empreendedores

 

O Vale do Lítio, região onde estão os territórios dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri, contribui significativamente para os bons resultados no que diz respeito à abertura de novas empresas. A avaliação é do Governo de Minas. Houve alta de 18,45% nas duas regiões em 2023, conforme dados do relatório anual de registros mercantis da Junta Comercial de Minas Gerais (Jucemg).

O levantamento indica que em 2023, de um total de 85.904 novas empresas constituídas em todo o estado, houve crescimento de 10,54% em relação a 2022, quando foram registrados 77.716 novos empreendimentos. Os números correspondem ao fato de que, por dia, foram abertos 235 novos negócios em Minas e, por hora, dez empresas. O desempenho é recorde e o melhor desde 2019.

Na região Vale do Lítio

Em 2023, de acordo com o relatório da Jucemg, nos Vales do Jequitinhonha e Mucuri foram criadas 1.907 novas empresas. Somente em dezembro, em relação ao mesmo período de 2022, o aumento foi ainda mais significativo: 30,43%.

Nesse contexto o Vale do Lítio, formado por 14 cidades situadas nessas regiões, já atraiu R$ 5,5 bilhões em investimentos e a geração de cerca de 10 mil postos de trabalho, entre diretos e indiretos, conforme divulgado pelo Governo de Minas. No fim de dezembro de 2023 o estado assinou um convênio inédito, por meio do Programa de Regularização Fundiária Urbana Minas Reurb, com o Consórcio Intermunicipal Multifinalitário do Baixo Jequitinhonha (Cimbaje). A iniciativa prevê a emissão de 10 mil títulos de propriedade às famílias.

Diante desse contexto, a designer de interiores Sâmara Guedes decidiu investir na região. O empreendimento dela é especializado em acabamentos para construção civil e envolve a expectativa de demanda gerada pela regularização de imóveis. Ela também foi estimulada pela nova realidade com a chegada da exploração do lítio.

“Com a demanda de mão de obra para o trabalho nas empresas de extração do lítio, muitas residências foram e estão sendo construídas para a acomodação dos trabalhadores, além de hotéis e restaurantes, o que gerou um acréscimo de desenvolvimento no setor da construção civil”, comenta.

Ela inaugurou a empresa em dezembro de 2023, no município de Araçuaí, onde Sâmara reconhece que a demanda de emprego já supera a oferta de mão de obra, especialmente na construção, sinal de uma prosperidade muito aguardada pelos mineiros do Jequitinhonha.

“Quanto mais estratégias econômicas o governo criar para o desenvolvimento do Vale do Jequitinhonha, maior será o crescimento das empresas na região. Visto que as pessoas passarão a procurar uma melhor qualidade de vida, consumindo mais e diversificando o comércio local”, diz Sâmara à Agência Minas, canal de informação do governo do estado.

“No caso do Jequitinhonha, trata-se de uma inversão muito significativa de panorama: de uma região quase abandonada durante outras gestões, está agora, progressivamente, se tornando um dos grandes motores do crescimento mineiro”, destaca o secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais, Fernando Passalio.

Ainda conforme o relatório da Jucemg, todas as regiões do Estado tiveram alta na abertura de empresas em 2023 na comparação com o ano anterior. Após o Jequitinhonha/Mucuri, aparecem Triângulo (12,85%), Norte de Minas (12,02%), Noroeste (11,89%), Central (11,26%) e Alto Paranaíba (11,16%). Na sequência, estão Sul de Minas (10,18%), Rio Doce (9,26%), Centro-Oeste (6,81%) e Zona da Mata (4,77%).

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