Início Economia Indústria projeta fechar 2023 com PIB crescendo 3%, segundo estudo da CNI

Indústria projeta fechar 2023 com PIB crescendo 3%, segundo estudo da CNI

Foto: Divulgação/ CNI - Confederação Nacional da Indústria também projeta expansão da economia brasileira de 1,7% em 2024

 

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) projeta uma expansão da economia brasileira de 1,7% em 2024. A previsão foi divulgada por meio do Informe Conjuntural: Economia Brasileira 2023-2024. O estudo prevê o Produto Interno Bruto (PIB – a soma dos bens e serviços produzidos no país) fechando o ano com 3% de crescimento em 2023.

Em nota, a entidade avaliou o resultado como positivo, mas ressaltou que o crescimento de 2023 não dá início a um novo ciclo de desenvolvimento: “o PIB atual foi construído sobre fatores conjunturais excepcionais, como o expressivo crescimento do PIB da agropecuária, e com queda dos investimentos produtivos”, diz a nota.

Conforme avaliou a CNI, na indústria de transformação e de construção, a previsão de crescimento para 2024 é mais modesta, com 0,3% e 0,7%, respectivamente. A alta, no entanto, recupera as quedas verificadas em neste ano. A indústria de transformação deve encerrar 2023 com queda de 0,7%. A indústria da construção, por sua vez, deve ter um recuo de 0,6%.

A entidade ainda aponta que o consumo das famílias em 2023 terá um crescimento de 2,6% e que o investimento vai ter um recuo de 3,5%. A análise da CNI indica, portanto, que a taxa de investimento, que é a relação entre a formação bruta de capital fixo e o PIB, caia para 18,1%, ante 19,3%, em 2022.

“Essa queda no investimento vai impedir um melhor desempenho nos próximos anos. Por isso, o Brasil precisa de uma estratégia de médio e longo prazo para sustentar taxas de investimento iguais ou superiores a 20% do PIB”, projeta a CNI.

Para o presidente da entidade, Ricardo Alban, o crescimento sustentado da economia está diretamente ligado ao aumento do investimento. “E a agenda da economia verde, da sustentabilidade, da pesquisa e inovação, da transformação digital, indica o caminho para que o Brasil atraia indústrias e desenvolva infraestrutura para fazer a transição para uma economia de baixo carbono. O país está muito bem-posicionado para ser protagonista dessa neoindustrialização”, diz, em nota.

Mercado de trabalho não acompanha crescimento da indústria

A CNI projeta que em 2024 o mercado de trabalho não irá repetir o crescimento verificado neste ano. “A previsão é de alta de 2,9% na massa salarial em 2024 ante a alta de 6,4%, neste ano. Isso se deve ao fato que, para 2024, a CNI projeta um crescimento menor do número de pessoas ocupadas. Ocorre que os efeitos da política monetária, de juros altos, serão sentidos de forma negativa no emprego ainda no fim deste ano.”

Em relação ao cenário econômico internacional, a avaliação também é de que “será pouco favorável”, o que deve impedir novos aumentos históricos no saldo positivo da balança comercial. “Neste ano, o saldo recorde decorre dos volumes exportados de produtos agropecuários, principalmente soja e milho, e da indústria extrativa, principalmente petróleo e minério de ferro.” As informações são da Agência Brasil.

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