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Bank of America prevê forte retomada no volume de vendas da Vale

Foto: Vale - Após ter resultados impactados pelas chuvas no primeiro trimestre, mineradora deve registrar crescimento de 45% no segundo trimestre

 

Depois de um primeiro trimestre com resultados prejudicados pelas chuvas, a Vale (VALE3) deve registrar um lucro líquido de US$ 2,658 bilhões no segundo trimestre. O número representa um crescimento de 45% em comparação com o resultado de US$ 1,837 bilhão registrado no primeiro trimestre. As projeções são do Bank of America (BofA) e foram divulgadas pelo Estadão Broadcast.

De acordo com a publicação, a recuperação é fruto de uma forte retomada no volume de vendas após os resultados sazonalmente piores observados durante a estação chuvosa. A desvalorização do minério de ferro entre abril e junho, de US$ 125 por tonelada para US$ 111, não prejudicou a companhia, no entanto.

O relatório indica que “os volumes mais fortes mais que compensam os preços mais baixos no trimestre e levam a receita da Vale a uma alta sequencial”. No entanto, na comparação com o mesmo período do ano passado, o lucro líquido de US$ 2,658 bilhões representa uma queda de 35%.

O banco reiterou sua recomendação neutra para as ações e ADRs (ativos que permitem que empresas brasileiras sejam negociadas nas bolsas dos Estados Unidos) da Vale, com preços-alvo de R$ 75,00 e de US$ 15,00, respectivamente. A ação foi a mais recomendada para o mês de julho entre as corretoras ouvidas pelo E-Investidor.

Projeções

O BofA estima um resultado de US$ 9,596 bilhões no segundo trimestre para as receitas, cifra 14% maior que a do primeiro trimestre, porém 14% menor que a do mesmo período do ano passado. A projeção é baseada no crescimento do volume de vendas de minério de ferro de 72Mt no trimestre após as chuvas que atingiram o Terminal de Ponta da Madeira, em São Luís do Maranhão. Entre janeiro e março, os embarques e a composição de produtos da mineradora foram prejudicados.

Os dados divulgados pelo Estadão Broadcast apontaram ainda fatores que podem impactar a Vale: além do frete, a valorização do real e do dólar canadense sem aumento no preço dos metais pode influenciar perdas, já que 80% dos custos da empresa são pagos nessas moedas. A alta de taxas de fretes também podem afetar a mineradora, reduzindo a sua competitividade na China.

Nesta quarta-feira (5), os papéis da mineradora fecharam o pregão em baixa de 0,88%, cotados a R$ 65,32 após oscilarem entre máxima a R$ 65,86 e mínima a R$ 65,01.

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