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Série Debaixo da Terra, Acima dos Padrões: Gerenciamento de Riscos 

Imagem ilustrativa/ Pro Life Engenharia

 

A indústria da mineração é repleta de complexidades, onde vários fatores de risco se combinam para criar um ambiente que exige vigilância e gestão contínuas. Entre esses elementos, está o Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR), um conjunto rigoroso de protocolos projetados para identificar, avaliar e mitigar riscos em tempo real. Este programa abrangente é concebido para atuar em todos os processos produtivos, desde os mais simples até os mais complexos, e é vital para manter a integridade do trabalhador, do meio ambiente e do patrimônio empresarial.

Para começar, um grupo multidisciplinar, composto por responsáveis pela produção, especialistas em segurança e medicina do trabalho, se reúne para mapear todos os possíveis riscos e suas consequências. A ideia é identificar cenários e eventos que possam ocorrer e criar uma estratégia eficaz para prevenir ou controlar esses riscos. O processo se beneficia enormemente da expertise daqueles que vivenciam o dia a dia de cada setor, tornando o levantamento de riscos mais preciso e aplicável.

O próximo passo é a avaliação das probabilidades e dos impactos associados a cada risco. Para quantificar esses elementos, utiliza-se uma escala numérica de 0 a 1. A possibilidade de um evento acontecer é categorizada como baixa (0.01 a 0.33), média (0.34 a 0.66) ou alta (0.67 a 1). Da mesma forma, o impacto de cada risco é avaliado, permitindo que os riscos sejam classificados e priorizados.

Depois de toda essa avaliação quantitativa, entra em cena a “mitigação”. Esse é o processo de desenvolvimento de estratégias específicas para minimizar ou eliminar os riscos identificados. Essas estratégias são concordadas entre os profissionais de produção, segurança e medicina do trabalho, garantindo uma abordagem unificada para a gestão de riscos.

Um componente crítico da gestão de riscos são os Planos de Contingência. Estes são roteiros de ação projetados para reduzir o impacto caso um evento de risco ocorra. A implementação desses planos envolve a capacitação de equipes de resposta a emergências que estão treinadas para atuar em cenários diversos, desde incêndios até vazamentos de substâncias químicas.

No entanto, o trabalho não para após a implementação das estratégias de mitigação e planos de contingência. É crucial avaliar a eficácia dessas medidas ao longo do tempo. Para fazer isso, indicadores de risco são monitorados para garantir que as estratégias permaneçam eficazes em um ambiente de trabalho dinâmico, onde a introdução de novas tecnologias e procedimentos pode mudar o perfil de risco.

Para resumir, a implementação de um Programa de Gerenciamento de Riscos na indústria de mineração é uma tarefa complexa que requer um esforço coletivo e contínuo. Desde o mapeamento inicial dos riscos até o desenvolvimento de estratégias de mitigação e planos de contingência, o processo exige uma abordagem multidisciplinar e dinâmica. A recompensa por essa diligência não é apenas um ambiente de trabalho mais seguro, mas também a preservação do meio ambiente e do patrimônio da empresa. É um ciclo contínuo de avaliação e melhoria, essencial para enfrentar os desafios constantes que esta indústria apresenta.

Abaixo estão alguns itens que frequentemente fazem parte de um PGR eficaz e como cada um contribui para evitar eventos de risco:

Itens de um Programa de Gerenciamento de Riscos

  1. Identificação de Riscos: O primeiro passo é fazer um levantamento completo dos riscos associados às atividades da empresa.
    1. Contribuição: Permite a elaboração de um plano de ação mais focado.
  1. Avaliação de Riscos: Após a identificação, avaliar o potencial de dano de cada risco.
  • . Contribuição: Ajuda a priorizar quais riscos devem ser abordados primeiro.
  1. Metodologia de Controle de Riscos: Definição das medidas e tecnologias para mitigar os riscos.
  • . Contribuição: Fornece um framework para implementar soluções práticas.
  1. Planos de Ação: Estabelecimento de etapas claras para mitigar os riscos.
  • . Contribuição: Ajuda na execução sistemática das estratégias de controle de riscos.
  1. Alocação de Recursos: Determinação dos recursos necessários para implementar o plano de ação.
  • . Contribuição: Assegura que haja meios adequados para a execução do PGR.
  1. Treinamento e Capacitação: Programas educacionais para funcionários e gestores.
  • . Contribuição: Garante que a equipe está preparada para lidar com situações de risco.
  1. Procedimentos de Emergência: Planos para lidar com situações de emergência e desastres.
  • . Contribuição: Prepara a empresa para agir de forma rápida e eficaz em casos extremos.
  1. Monitoramento e Revisão: Avaliação contínua do programa e ajustes conforme necessário.
  • . Contribuição: Mantém o PGR atualizado e eficaz.
  1. Documentação e Registro: Manter todos os dados, avaliações e ações documentadas.
  • . Contribuição: Fornece evidência concreta de conformidade e pode ser útil para revisões futuras.
  1. Comunicação Interna e Externa: Estabelecer meios eficazes de comunicação sobre os riscos e medidas adotadas.
  • . Contribuição: Assegura que todos os envolvidos estão cientes e engajados no gerenciamento de riscos.

O desenvolvimento e implementação de um PGR bem estruturado podem fazer uma diferença significativa na gestão de riscos da empresa, contribuindo para a segurança dos funcionários e eficácia operacional

Rodrigo Oliver é Engenheiro de Segurança do Trabalho e Higienista Ocupacional, com consultorias prestadas para mais de 200 empresas na área de mineração; responsável técnico pelo software eSocial Brasil e pela rede de clinica médicas ocupacionais Pro Life, com atuação em Itabira, Barão de Cocais, Nova Lima, Itabirito, Mariana e Congonhas..
Rodrigo Oliver é Engenheiro de Segurança do Trabalho e Higienista Ocupacional, com consultorias prestadas para mais de 200 empresas na área de mineração; responsável técnico pelo software eSocial Brasil e pela rede de clinica médicas ocupacionais Pro Life, com atuação em Itabira, Barão de Cocais, Nova Lima, Itabirito, Mariana e Congonhas.
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