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Empreendedorismo no Terceiro Setor

Imagem ilustrativa: Sebrae - Núcleo de Empreendedorismo Juvenil: processo seletivo é para jovens de escolas públicas

 

Empreendedorismo no Terceiro Setor

Os empreendedores são indivíduos fundamentais para a inovação e para a prosperidade de um povo ou nação. Isso pode ser constatado, entre outros aspectos, quando percebemos os grandes avanços na atuação dos empreendedores do terceiro setor. Este, por sua vez, corresponde as organizações com preocupações e práticas sociais – sem finalidades lucrativas -, que geram bens e serviços de caráter público, tais como: ONGs, instituições religiosas, clubes de serviços, entidades beneficentes, centros sociais, organizações de voluntariado etc.

Um ótimo exemplo de um empreendedor do terceiro setor é o do fundador do Grameen Bank, Muhammad Yunus, promotor do microcrédito e prêmio Nobel da Paz. Ele teve a sensibilidade de identificar que indivíduos pobres da cidade de Bangladesh não tinham perspectivas de sair da sua situação de pobreza ou, até mesmo, de se tornarem micro empreendedores por não possuírem garantias que os assegurassem o acesso ao crédito.

Como as instituições bancárias se recusavam a criar um sistema de garantias para favorecer empréstimos aos menos abastados, Yunus resolveu criar o seu próprio banco, oferecendo o microcrédito e contribuindo para a melhoria da qualidade de vida de milhões de indivíduos. Atualmente, o Grameen Bank empresta dinheiro, com taxas de juros abaixo das cobradas por organizações financeiras, a mais de 10 milhões de pessoas e financia projetos em diversas áreas. Essa é uma história bem sucedida que demonstra atitudes do empreendedorismo no terceiro setor.

Com o exemplo acima, é possível constatar que as entidades de fomento do terceiro setor necessitam, especialmente, dos investidores das grandes corporações e multinacionais. Tais entidades não visam lucros financeiros, apenas solicitam o reconhecimento como empresa que atende uma demanda cada vez mais exigida no mundo dos negócios: o compromisso com a responsabilidade social. No entanto, os investidores cobram por resultados concretos de ações positivas, além de uma boa gestão, tendo sempre como foco a autossuficiência financeira.

Empreendedorismo fora da zona de conforto

Os empreendedores do terceiro setor são, pois, considerados por muitos como verdadeiros agentes de transformação. Isso se justifica porque ele estimula as grandes empresas a saírem da zona de conforto na qual se encontram, incentivando-as na identificação de oportunidades, no apoio a projetos sociais e no desenvolvimento de uma visão inovadora e criativa. Com isso, é possível que essas organizações encontrem soluções de produtos e serviços que propiciem tanto o retorno institucional dos investidores, quanto a possibilidade de agregar valor à sociedade.

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Reginaldo Calixto
é administrador, empreendedor, MBA em Gestão Estratégica de Negócios. Em Itabira-MG foi vice-prefeito, secretário de Desenvolvimento Econômico, provedor do Hospital Nossa Senhora das Dores e presidente da Associação Comercial e Industrial de Itabira (Acita).
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