Neste novo capítulo da nossa série sobre segurança na mineração, vamos mergulhar profundamente em dois aspectos críticos que frequentemente são subestimados: a comunicação eficiente e a sensibilização da liderança. Ambos são vitais para garantir um ambiente de trabalho seguro e eficiente, e neste artigo, vamos explorar como e por que eles são tão cruciais.
A multidimensionalidade da comunicação no ambiente de mineração é uma entidade complexa e multifacetada. Ela não é apenas verbal, mas também visual e escrita. Cada forma de comunicação tem seu próprio conjunto de regras, normas e eficácias.
- Comunicação Visual: Sinalizações, placas e outros indicadores visuais são fundamentais para a segurança. Eles fornecem informações instantâneas, muitas vezes em situações onde o tempo é crítico. A manutenção desses sinais é igualmente crucial; eles devem ser mantidos limpos, visíveis e atualizados.
- Comunicação Escrita: Manuais, procedimentos operacionais padrão, quadros de avisos e comunicados internos são exemplos de comunicação escrita. Eles servem como referência constante para os trabalhadores e fornecem um registro duradouro de políticas e procedimentos.
- Comunicação Verbal: Talvez a forma mais direta de comunicação, mas também a mais sujeita a erros. O treinamento em comunicação eficaz e clara é vital, especialmente em situações de emergência.
A comunicação não é uma via de mão única. O feedback dos trabalhadores é crucial para qualquer sistema de segurança eficaz. A participação ativa dos adultos no processo de construção de soluções valoriza o sistema como um todo.
Na indústria da mineração, é comum que as empresas desenvolvam sistemas de comunicação próprios, como cores de sinaleiras, placas informativas e outros indicadores visuais. No entanto, é crucial que essas formas de comunicação sejam intuitivas. Quando se trata de trânsito, por exemplo, é mais eficaz aderir ao que já está estabelecido no código de trânsito, em vez de criar novos símbolos ou regras. Pode parecer benéfico especificar, mas é importante lembrar que quanto mais complexo o sistema, mais treinamento e reciclagem serão necessários para garantir que o conhecimento seja difundido de forma eficaz.
Curiosamente, às vezes é melhor não sinalizar. Um trabalhador pode passar por 5 a 20 tipos diferentes de sinais durante seu ciclo de trabalho. Como diz o ditado, “a faca quando muito usada perde o gume”; se um empregado é exposto a muitos sinais, eles podem começar a ignorá-los. Além disso, sempre que um novo alerta é considerado, é vital questionar sua necessidade fundamental. Por exemplo, se há um sinal de “pare” em um cruzamento, seria possível criar rotas alternativas que evitem o cruzamento completamente? Essas são considerações importantes. É também fundamental que os trabalhadores sejam regularmente consultados sobre a eficácia da sinalização.