Diante da escalada nos atendimentos por síndrome respiratória, a Prefeitura de Itabira decretou, nesta sexta-feira (16), situação de emergência em saúde pública. A decisão foi motivada pelo crescimento repentino no número de casos e pela superlotação no Pronto-Socorro Municipal (PSMI), que já registrou mais de 12 mil atendimentos em apenas 45 dias, com pico a partir do final de março.
Aumento expressivo em crianças e alerta para casos graves da síndrome respiratória
Levantamento da Secretaria Municipal de Saúde aponta que os registros de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) saltaram de 1 para 14 casos na última semana epidemiológica — um aumento de 14 vezes em relação ao acumulado anterior. A situação é mais crítica entre o público infantil, com ocupação elevada nos leitos pediátricos das unidades de saúde da cidade.
A síndrome respiratória é causada, na maioria das vezes, por vírus como o Influenza, responsável por quadros gripais comuns em épocas de clima seco e frio. Os sintomas variam entre febre, tosse, dor de garganta e perda de olfato ou paladar. Em sua forma grave, pode evoluir para dificuldade respiratória e necessidade de internação.
Medidas emergenciais serão anunciadas nos próximos dias
O decreto publicado pela administração municipal autoriza ações administrativas e estruturais imediatas para reforçar o sistema de atendimento, conforme previsto na Deliberação CIB-SUS/MG nº 5.097, da Secretaria de Estado da Saúde. As medidas a serem adotadas pela gestão local incluem expansão de leitos, reorganização de fluxos assistenciais e possível contratação de profissionais da saúde.
Segundo a Prefeitura, o decreto terá validade de 180 dias, podendo ser prorrogado conforme a evolução do cenário epidemiológico. A Secretaria de Saúde deve divulgar nos próximos dias o plano de ação detalhado com foco no enfrentamento da síndrome respiratória em Itabira.
