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Entrevista com Nozinho: “Mineração é uma safra só”

Foto: Divulgação - São Gonçalo do Rio Abaixo vive o início de sua fase minerária, mas prefeito reeleito quer aproveitar os recursos oriundos da mineração para não se tornar dependente dela

 

Reeleito prefeito de São Gonçalo do Rio Abaixo no último mês de outubro, o empresário Raimundo Nonato de Barcelos, o Nozinho, iniciará em janeiro de 2025 seu quarto mandado à frente do Executivo da cidade minerada. Em sua trajetória na vida pública, já havia sido eleito prefeito em 2006 e 2020, além de ocupar uma vaga na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) como deputado entre 2015 e 2018.

A chegada da mineração à cidade ocorreu concomitantemente ao primeiro mandato de prefeito, com a inauguração da Mina Brucutu, da Vale, em 2006. O gestor conta que desde aquele ano já visava estruturar a cidade a partir dos recursos gerados pela mineração, porém fomentando atividades que assegurassem que o município não ficasse dependente da atividade. No entanto, com o intervalo entre uma gestão e outra, Nozinho diz ter sido necessário reorganizar a administração municipal para retomar essa finalidade e que atualmente trabalha para criar mecanismos que garantam que não haja retrocessos. Ele fala desse e de outros assuntos na entrevista a seguir:

Quais foram os diferenciais em suas gestões anteriores que o levaram à reeleição?

Primeiro o trabalho, trabalho de uma equipe bem selecionada e que deu uma resposta com obras, a área da educação. A cidade por dois anos consecutivos recebeu premiação do Ibram: secretarias de Educação, Desenvolvimento Econômico, Meio Ambiente, além de ter concorrido com seis secretarias. Isso é motivo de grande satisfação para nós e recebemos também um prêmio do Tesouro Nacional por eciência das informações fiscais para os órgãos fiscalizadores. Então, são fruto de trabalho. E, abaixo de Deus, eu acredito muito é no trabalho e nas pessoas. Também, acho que ninguém faz nada sozinho. É preciso ter um trabalho de equipe, um trabalho comprometido, aí as coisas acontecem. Quais são as prioridades para o próximo mandato? Prioridade não falta, mas a gente precisa de resolver essa coisa climática agora. A gente precisa de buscar algumas alternativas, como o abastecimento de água. Em toda região está faltando água e nós não somos diferentes. É um desafio. Terminar aquilo que está já em obra e projetado para fazer. Diversificação econômica, a gente não abre mão disso, é um dos pilares da nossa gestão. Não canso de falar que mineração é uma safra só. Mas se a gente conseguir fazer o bom uso desse dinheiro agora, nós já começamos a antecipar a segunda safra através das diversificações econômicas, de investimento em educação e por aí vai.

A sua administração colocou como meta a realização de um pacote de mais de 100 obras no município. Qual é o balanço atual da execução dessas obras?

Ele está chegando a 200 obras neste mandato entre as que estão entregues, as que estão em andamento e as que vão entregar esse ano ainda. São muitas obras.

E quais são elas? O senhor pode citar algumas?

Olha, o caso do trevo, asfaltamento do Una até a BR-381, que é uma outra saída para Belo Horizonte, a prefeitura que está ficando pronta até no final do ano, se tardar muito em janeiro eles entregam a obra. São Gonçalo tem muitas vilas, comunidades e zonas rurais e todos estão recebendo calçamento ou asfalto. A gente tem um transporte público da zona rural para a cidade e o transporte escolar, temos um projeto de nossos veículos rodarem só em cima de asfalto em toda zona rural. Nós temos uma obra grande aqui de asfaltamento que vai ligar daqui a Monlevade passando por dentro, sem ser a BR-381. São dois lotes, um que divide com Itabira e esse já está ficando pronto esse lote de 7 km. E tem a outra parte, que também está em obra, que está ficando para a inauguração ano que vem e demora um pouco mais. Acabamos de inaugurar agora a estrada para o Peti, que vai para Santa Bárbara. Então são muitas obras: cobertura de quadras. Nós acabamos de cobrir todas as quadras aqui do nosso município e de todos os povoados. E reforma de praças, além de praças novas, mais praças para lazer. Como a gente é cortado pelo rio, obra de contenção devido a essas enchentes que aconteceram nos anos passados, estava precisando de ser feito mais de 80 muros de contenção de encosta, segurar estradas. A ETA nós acabamos de fazer, ela já foi testada, está aguardando só o laboratório fazer um último relatório de análise para entrar em funcionamento e resolver o abastecimento de água da cidade e do bairro Una.

A entrevista completa você vê no nosso canal no Youtube. Ela também está na edição de outubro da revista Cidades & Minerais. Chame no WhatsApp pelo (31) 98798-5580 e adquira seu exemplar.

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