Na manhã desta quinta-feira (16), durante a 58ª assembleia geral da Associação dos Municípios Mineradores de Minas Gerais e do Brasil (Amig), o prefeito de Itabira, Marco Antônio Lage (PSB), foi eleito presidente da entidade para o biênio de 2025 a 2027. Ao lado de sua vice-presidente, Josemira Raimunda Diniz Gadelha (MDB), prefeita de Canaã dos Carajás, no Pará, Marco Antônio Lage assumirá um importante papel na liderança de uma associação que representa as cidades mineradoras em todo o Brasil.
Em uma coletiva realizada no final de 2024, Lage destacou a relevância da eleição e a responsabilidade de Itabira em conduzir as discussões sobre o futuro das cidades mineradoras, especialmente no contexto de possíveis impactos da exaustão mineral. O prefeito frisou que a cidade precisa urgentemente buscar alternativas para diversificação econômica para evitar um possível cenário de empobrecimento e esvaziamento.
“Vamos chamar a atenção de Itabira como um case, que pode ser um sucesso, mas pode ser um fracasso. Um case que pode ser um desastre. Guardadas as proporções, pois não é tão dramático como um rompimento de barragem, mas socialmente pode ser um grande desastre ver em uma cidade como Itabira acabar o minério e ela ficar pobre, esvaziada e sem o legado da mineração. Então, a discussão desse legado da mineração tem que sair de Itabira e ir para o País”, declarou o prefeito na ocasião.
Marco Antonio Lage destaca a importância da presidência da Amig para as cidades mineradoras
Lage também ressaltou a importância da Amig na representação das cidades mineradoras, não só em Minas Gerais, mas em todo o Brasil. A associação tem se mostrado essencial para lidar com temas tributários, fiscais e as relações com as empresas mineradoras, além de ser um fórum crucial para a reflexão sobre o futuro das comunidades mineradoras.
A eleição de Marco Antônio Lage foi amplamente apoiada, inclusive pelo Sindicato Metabase de Itabira e Região, que fez campanha junto aos prefeitos de outras cidades mineradoras. O apoio de André Viana Madeira, o “Pato Roco”, dirigente sindical e representante dos trabalhadores no Conselho de Administração da Vale, foi decisivo para consolidar a candidatura de Lage.
“Itabira, por ser a cidade produtora de minério de ferro em larga escala mais antiga, precisa estar à frente dessa importante entidade, para liderar os processos de descomissionamentos de minas que devem ter início nos próximos anos, com a exaustão mineral em vários municípios de Minas Gerais”, defendeu o sindicalista.
Agora, com a liderança da Amig, Marco Antônio Lage tem a responsabilidade de guiar as discussões sobre a adaptação das cidades mineradoras a um novo cenário econômico, à medida que se aproxima a exaustão dos recursos minerais em várias regiões de Minas Gerais.
