Trafegar no retrocesso é insensatez. A oportunidade de gerir a construção do segundo prédio da Unifei Itabira foi uma grande honra para mim.
A partir da aprovação da Acita (Associação Comercial, Industrial, de Serviços e Agropecuária de Itabira) e uma aliança entre a Prefeitura de Itabira, a empresa Vale, o Ministério da Educação (MEC) e a Universidade Federal de Itajubá (Unifei), foi implantado o Campus Itabira, com início das operações em julho de 2008 e a realização de seu primeiro vestibular. O Convênio de Cooperação Técnica e Financeira firmado entre a Unifei, a mineradora Vale e a Prefeitura de Itabira, garantiria a construção do campus da universidade e a montagem dos laboratórios. Já o Governo Federal, através do MEC e da Unifei, arcariam com os custos de funcionamento e operação.
O convênio estabeleceu as regras e a participação de cada aliado. À Vale, coube o comprometimento com os equipamentos destinados aos laboratórios, os quais são utilizados nas atividades de formação, geração e aplicação de conhecimento. À Prefeitura de Itabira, coube prover a infraestrutura necessária ao funcionamento da Unifei e doá-las (terreno e benfeitorias) à universidade. A área já destinada e alocada ao Complexo Universitário possui aproximadamente 604 mil m² no Distrito Industrial II.
Além da geração de centenas de empregos diretos e indiretos, o corpo docente do campus, na fase inicial de implantação, foi composto por aproximadamente 160 professores, além de 96 servidores técnico-administrativos, atendendo a uma população universitária de 2.250 alunos em cinco anos. A meta do projeto é atender 10.000 alunos após a implantação de toda infraestrutura projetada e cursos de graduação e pós-graduação.
A universidade pública, além de ensinar, produz valiosos conhecimentos, técnicas e tecnologias através da pesquisa. Por meio da extensão, esse saber chega às comunidades e empresas na forma de programas, projetos e ações que melhoram a vida de muitas pessoas. Tudo isso acontece dentro e fora dos campi por onde circulam, todos os dias, professores, alunos, pesquisadores, servidores e outros colaboradores.
O segundo prédio da Unifei é a maior obra da construção civil da história desta cidade. Só não é maior do que a importância do projeto para o futuro de Itabira. A Unifei é hoje a principal alternativa econômica para Itabira e de imensurável importância porque o minério vai acabar. Deixar de investir e apoiar este projeto educacional é trafegar na contramão da sensatez e do óbvio – é trafegar no retrocesso.
Reginaldo Calixto
Empresário, Administrador, ex-vice prefeito de Itabira e ex-presidente da ACITA