Com o fim da atividade mineral se aproximando, Itabira, na Região Central de Minas Gerais, já começa a redesenhar seu futuro. A exaustão das reservas de minério de ferro está estimada para o ano de 2041, e a administração municipal está se mobilizando para que a cidade não dependa exclusivamente da mineração nos próximos anos.
De acordo com o prefeito Marco Antônio Lage, a saída está no fortalecimento do turismo — especialmente o ecoturismo e o turismo literário. Em entrevista à 98 News, ele destacou que o município tem um potencial significativo para atrair visitantes por meio de sua natureza exuberante e, principalmente, por ser o berço de Carlos Drummond de Andrade, um dos maiores nomes da literatura brasileira.
Turismo de Itabira como motor econômico e cultural
“Itabira respira poesia. Somos a terra do nosso maior poeta, e já estamos estruturando ações concretas para transformar isso em desenvolvimento sustentável”, afirmou o prefeito. A ideia é transformar o núcleo urbano em um polo cultural e turístico, promovendo a memória de Drummond com roteiros literários, museus, eventos temáticos e experiências que conectem literatura, história e identidade local.
Além disso, as paisagens naturais da região e o entorno das antigas áreas de mineração também estão no radar da prefeitura para receber investimentos em infraestrutura de ecoturismo, como trilhas, mirantes e espaços para práticas esportivas e ambientais.
Com essa nova estratégia, Itabira pretende se reposicionar no cenário mineiro como uma cidade que soube transformar seu passado industrial em um futuro baseado na cultura, natureza e inovação.
