A duplicação do trecho da BR-381, entre Ravena e Caeté, na região metropolitana de Belo Horizonte, finalmente será realizada. O Lote 8-A da BR-381, referente aos 18 km de rodovia, foi leiloado na tarde desta quarta-feira (28). Entre as oito propostas entregues ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), a vencedora foi a da Construtora Luiz Costa Ltda.
Com sede no Rio Grande do Norte, a Construtora Luiz Costa Ltda., que já possui outras concessões do DNIT, ofereceu um desconto de 1,51% sobre o preço orçado pelo Governo Federal, estimado em R$ 399,8 milhões.
A empresa atuará em conjunto com a Conserva de Estradas Ltda., sediada em Minas Gerais, para elaborar os projetos e executar as obras do trecho. O valor final da obra será de R$ 393,1 milhões, e os recursos serão integralmente custeados pelo governo federal.
As obras incluirão a duplicação, restauração e melhorias na rodovia, com um prazo de três anos e meio para conclusão após a emissão da ordem de serviço. Cada etapa da execução será determinada e fiscalizada pelo DNIT.
Duplicação é um avanço, mas ainda parcial
Embora a duplicação represente um avanço, o trecho licitado ainda não contempla a saída de Belo Horizonte, entre Ravena e o Anel Rodoviário, onde as obras são mais complexas devido à necessidade de realocação de cerca de 2 mil famílias que vivem às margens da rodovia.
O tráfego na chegada à capital é frequentemente congestionado, especialmente no trecho de pista única entre Ravena e Belo Horizonte, com gargalos críticos na entrada do Posto da Polícia Rodoviária Federal e nas proximidades da ponte sobre o Rio das Velhas. Esses e outros pontos de estrangulamento na rodovia são considerados entraves para o desenvolvimento do Médio Piracicaba e das cidades do Quadrilátero Ferrífero.
Concessão da rodovia será nesta quinta-feira
As 14 horas desta quinta-feira acontece também o leilão de concessão de seis lotes da BR-381, entre Belo Horizonte e Governador Valadares.
Entre os interessados no leilão de concessão estão um consórcio liderado pelas empresas Aterpa e JMalucelli e outro formado pelo Grupo Opportunity e pela operadora Monte Rodovias, que já atua na região Nordeste.
Esta será a quarta tentativa do governo federal, desde 2017, de transferir a administração da rodovia para a iniciativa privada. A BR-381 é conhecida popularmente como “rodovia da morte” devido aos riscos e aos longos trechos de pista simples, sendo um ponto crítico para a logística e a segurança na região.