Durante uma reunião com vereadores na última semana, o prefeito de Congonhas, Anderson Cabido (PSB), expressou sua preocupação com os efeitos negativos da mineração na cidade. De acordo com ele, a exploração mineral, que é a principal base econômica do município, está se aproximando de um ponto crítico, tornando-se insustentável.
Cabido reconheceu a importância da mineração para a economia local, mas destacou que os danos ambientais, sociais e econômicos têm atingido proporções alarmantes. “A cidade não pode mais suportar a mineração em sua forma volumosa como vem sendo feita”, afirmou o prefeito. Ele ressaltou a necessidade urgente de buscar alternativas econômicas que sejam mais sustentáveis e diversificadas.
2017 havia cerca de 6.500 pessoas formalmente empregadas na mineração em Congonhas
O prefeito também compartilhou observações feitas durante visitas a escolas locais, onde constatou que muitas crianças sonham em seguir carreiras na mineração. No entanto, Cabido acredita que seria mais benéfico que esses jovens aspirassem a profissões como médicos, enfermeiros, educadores e advogados.
Ele convocou gestores, empresas e a sociedade civil a repensarem o modelo de desenvolvimento da cidade, promovendo atividades que possam gerar novos empregos e melhorar a qualidade de vida dos moradores.
Dados do mercado de trabalho indicam que em 2017 havia cerca de 6.500 pessoas formalmente empregadas na mineração em Congonhas, número que cresceu para mais de 7 mil nos anos subsequentes. Contudo, os efeitos colaterais dessa atividade vão além das estatísticas de emprego, contribuindo para degradação ambiental e problemas de saúde pública, além de criar uma economia excessivamente dependente do setor mineral.
A mensagem do prefeito é clara: é hora de transformar o desenvolvimento econômico da cidade em um modelo mais sustentável e menos dependente da mineração.