Início Cidades Concessão da BR-381: analistas estimam potencial retorno para empresas, apesar dos desafios

Concessão da BR-381: analistas estimam potencial retorno para empresas, apesar dos desafios

Imagem: Divulgação - Concessão da BR-381: obrigações incluem a duplicação de 106 km e a adição de quase 83 km de novas faixas

 

Analistas do Goldman Sachs acreditam que o leilão de concessão da BR-381, previsto para a próxima quinta-feira (29), apresenta desafios financeiros no curto prazo, mas também pode gerar valor significativo para as empresas. 

O banco cita duas concessionárias líderes de mercado que poderiam participar do certame: CCR e Ecorodovias. A análise aponta uma criação potencial de valor de 7% para a CCR e até 32% para a Ecorodovias.

Os analistas Bruno Amorim e João Frizo destacam que tanto a CCR quanto a Ecorodovias estão de olho nos leilões promovidos pelo governo. Ambas as empresas poderiam participar da concessão da BR-381, dado o potencial de retorno e as melhorias feitas no projeto após tentativas anteriores de leilão, que não tiveram lances.

Concessão da BR-381: prazos e obrigações

O contrato envolve a administração de um trecho de 303,4 km entre Belo Horizonte e Governador Valadares por 30 anos. As obrigações incluem a duplicação de 106 km e a adição de quase 83 km de novas faixas.

Após as falhas nos leilões anteriores, o governo revisou o projeto para reduzir riscos e aumentar a taxa de retorno, tornando-o mais atraente para investidores.

Segundo o Goldman Sachs, a concessão da BR-381 exige um investimento (capex) de cerca de 5,5 bilhões de reais, com uma taxa de retorno regulatória de 11,97%, superior aos 9% a 10% observados em projetos recentes.

Entretanto, grande parte desse investimento será necessário nos primeiros sete anos da concessão, o que pode resultar em fluxo de caixa negativo nesse período, elevando o risco para as empresas.

Análise risco-retorno

Mesmo com a alta possibilidade de valorização, os analistas ressaltam que a concorrência no leilão pode diminuir os retornos esperados. Além disso, o alto risco financeiro nos primeiros anos pode justificar um custo de capital mais elevado, o que também impactaria os ganhos. (Com informações: Reuters) 

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