Depois de mais de 30 anos, os Estados Unidos retiraram barreiras comerciais à produção ao aço brasileiro. O país suspendeu as tarifas sobre os tubos soldados.
Agora, o aço brasileiro não pagará mais a sobretaxa de 103,4% ao entrarem no mercado norte-americano. Os direitos antidumping em vigor desde 1992 foram revogados pela Comissão de Comércio Internacional dos EUA.
Geraldo Alckmin diz que a decisão irá impulsionar as exportações do aço brasileiro em 2024
Segundo o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio e vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, a decisão ajudará a impulsionar as exportações brasileiras em 2024. “É uma conquista importante que vai expandir ainda mais a exportação siderúrgica de tubos de aço para os Estados Unidos”, disse Alckmin ao anunciar o superávit recorde de US$ 98,8 bilhões na balança comercial no ano passado.
Conforme permitido pela Organização Mundial do Comércio, as leis anti-dumping aplicam-se quando um país alega que um concorrente está a produzir bens abaixo do custo, criando assim concorrência desleal para os produtos do país. Para retirar a sobretaxa, o país sancionado deve provar que a empresa não exportou a mercadoria abaixo do custo.
Com a exclusão do Brasil, os Estados Unidos continuam sobretaxando os tubos soldados de aço não ligados (não produzidos em forma de liga) dos seguintes países: Índia, México, Coreia do Sul, Taiwan e Tailândia.
Brasil exportou em 2023 aproximadamente US$ 22 milhões de tubos de aço
Em 2023, as exportações de tubos de aço soldados do Brasil eram de aproximadamente US$ 22 milhões. Desse montante, apenas US$ 457 mil do aço brasileiro foram destinados aos Estados Unidos, ou cerca de 2% do valor.
Se levarmos em conta toda a indústria siderúrgica, o país vendeu cerca de US$ 1,8 bilhão em produtos de ferro fundido, ferro ou aço no ano passado, dos quais US$ 332 milhões foram vendidos ao mercado norte-americano, respondendo por 18% das exportações das empresas brasileiras neste país. campo.
Segundo o MDIC, a diferença nas participações de mercado (entre 2% e 18%) aponta para a possibilidade de derrubada das medidas de comércio exterior do Brasil.