Decreto divulgado em julho deste ano pelo Governo Federal flexibiliza a exploração e exportação do lítio no Brasil. A decisão pode colocar o país em posição de destaque no setor.
O lítio é um metal alcalino encontrado na natureza e caracterizado por sua baixa densidade e alta eletropositividade. O lítio é aplicado em usinas nucleares e tem fins medicinais, porém, o metal é conhecido por ser a principal matéria prima na indústria elétrica para a fabricação de baterias.
No Brasil, a política de exploração do lítio era bastante rigorosa e limitava o potencial econômico do metal. Porém, o cenário nacional mudou a partir do decreto governamental divulgado pelo governo em julho deste ano. O objetivo principal do decreto é flexibilizar a produção e, principalmente, a exportação do metal. A iniciativa já atrai investimentos bilionários no setor da mineração no Brasil e as expectativas são de alto crescimento da produção e exportação para países europeus.
Atualmente, apenas três empresas mineradoras exploram o metal em território brasileiro. São elas: Companhia Brasileira de Lítio (CBL), AMIG Brasil e a canadense Sigma, responsável pela produção de 37 mil toneladas de lítio por ano. No entanto, a nova decisão é um incentivo para projetos de exploração do lítio por parte de outras empresas.
A revisão das políticas de exploração do lítio é uma pauta discutida, não só no Brasil, mas no mundo. O principal motivo é a chamada “Transição Energética” que consiste em substituir fontes de energia não renováveis por fontes limpas na indústria. O setor que mais movimenta o mercado do Lítio no mundo é o automobilístico pela produção de baterias e pelo advento dos carros elétricos.
As expectativas econômicas para o Brasil são otimistas. De acordo com especialistas, o país pode se tornar não só uma referência, mas uma potência na produção do Lítio. As previsões ambientais, no entanto, não são tão positivas. Ambientalistas apontam que o momento exige atenção e cautela para que a interferência ambiental seja a menor possível.