Há 39 anos no mercado, a empresa itabirana Vale Verde construiu um legado de pioneirismo e soluções inovadoras para obras de elevado grau de complexidade. Em 2024, ela mostra que o DNA arrojado e atual segue sendo sua principal marca ao realizar a maior importação de draga de sucção e recalque dos últimos oito anos no Brasil.
Tudo na draga é de grandes proporções. Produzida por uma empresa holandesa, a Vale Verde foi buscá-la no Uruguai. “A logística de transporte dela incluiu oito carretas, algumas de tamanhos especiais, para que as partes fossem movidas da maneira correta, já que tem uma das peças que pesa 60 toneladas. Além disso, ela é uma embarcação que tem 32 metros de comprimento, 8 metros de altura e que consegue atingir quase 14 metros de corte”, explica o engenheiro mecânico, Renato Pereira de Morais.
O engenheiro destaca, ainda, que a draga possibilita o recalque de material a mais de 4 km de distância do local de onde ele é removido. “Nós vamos usá-la para o manejo de rejeito da mineração. O objetivo é recuperar o rejeito depositado nas barragens. Um processo que irá gerar empregos, receitas para a mineradora e impostos. Além disso o volume das barragens será otimizado, dispensando novos alteamentos. Para isso, a draga é mantida na lâmina d’água da barragem, a cabeça de corte vai abrindo espaço no rejeito e a bomba interna suga o material fazendo o recalque e possibilitando o seu reposicionado”.
Otimização do serviço
Renato Pereira detalha que, atualmente, a Vale Verde já realiza operações em barragens com equipamentos menores. Porém, a chegada da drag55a vai otimizar ainda mais a forma como as atividades são desenvolvidas, já que ela tem três o tamanho do maior equipamento utilizado pela empresa atualmente para essa finalidade.
A companhia destaca, ainda, que a draga não foi adquirida para ser usada em um projeto específico. “Esse é um investimento que a Vale Verde está fazendo para se manter à frente das exigências de mercado e seguir como uma empresa que visa inovação, tecnologia e maquinário de ponta como prioridades”, reforça Hugo Soares, CEO da empresa.
Com grande relevância na prestação de serviços nos processos de descaracterização de barragens de rejeito de minério, a Vale Verde acumula grande experiência e know how no segmento. “Dentre as atividades que executamos, essa é uma em que nos destacamos. Com certeza, um equipamento do maior porte irá nos permitir elevar ainda mais a qualidade e nosso desempenho no manejo de rejeito dentro das barragens. Essa é uma expertise que nós temos e, por isso, a maior descaracterização de barragem no mundo é a Vale Verde que faz, utilizando equipamentos remotos”, exemplifica Hugo Soares.