A Vale anunciou o Programa de Mineração Circular que planeja recuperar impressionantes 7 milhões de toneladas de minério de ferro por meio da revalorização de rejeitos e estéreis.
O programa busca transformar a abordagem tradicional da mineração ao enfatizar a recuperação de recursos valiosos a partir de pilhas e barragens já existentes.
A estratégia envolve a redução significativa de rejeitos e estéreis gerados durante o processamento mineral, bem como o desenvolvimento de novos coprodutos, como areia e blocos para construção civil.
Essa abordagem integrada visa não apenas maximizar a extração de minério, mas também minimizar os resíduos e criar novos produtos de valor agregado.
Resultados atingidos e avanços tecnológicos em prol do minério de ferro
Desde a implementação do programa focado no minério de ferro, mais de 100 iniciativas foram mapeadas, resultando na identificação de cerca de 2 milhões de toneladas de minério de ferro entre janeiro e junho de 2024.
Essa operação já gerou uma economia de aproximadamente R$ 100 milhões, eliminando a necessidade de transporte de rejeitos para pilhas e barragens. Além disso, o processamento a úmido do minério de ferro, que atualmente representa menos de 30% da produção da Vale, tem sido otimizado, aproveitando ao máximo os estéreis movimentados durante a lavra.
O programa também introduziu avanços significativos na sondagem tecnológica, permitindo uma melhor compreensão dos recursos minerais anteriormente negligenciados. Essa inovação abre portas para a inclusão desses recursos no plano de produção, contribuindo para uma exploração mais eficiente e econômica.
Com o objetivo de mitigar impactos ambientais, a Vale estima que, até 2035, o Programa de Mineração Circular ajudará a evitar a emissão de 1,9 milhões de toneladas de CO2. Esse valor equivale às emissões anuais de aproximadamente 1,2 milhão de veículos de passeio, destacando a magnitude dos benefícios ambientais que a iniciativa poderá oferecer.