O Governo de Minas, presente na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28), apresentou nesta segunda-feira (4 ) suas experiências no financiamento de ações de combate às mudanças climáticas. O evento está sendo realizado em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.
O encontro foi promovido pelo Consórcio Brasil Verde, comandado pelo governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, com participação na mesa no pavilhão Brasil também do vice-governador e secretário de Estado do Ambiente e Sustentabilidade do Rio de Janeiro, Thiago Pampolha Gonçalves. Também participou o secretário de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado do Mato Grosso do Sul, Jaime Verruck.
O Consórcio Brasil Verde é uma inciativa originada na COP 26, realizada em Glasgow, na Escócia, em 2019. O grupo surgiu a partir da mobilização dos próprios governadores, em reação à ameaça do Governo Bolsonaro de tirar o Brasil do Acordo de Paris.
“Pudemos ver bons exemplos de estratégias de fundos públicos e também de captação privada, como o caso do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), com mais de US$ 700 milhões de dólares já arrecadados e distribuídos e outro US$ 1 bilhão a ser distribuído do Banco de Desenvolvimento Europeu e do banco dos BRICs”, destacou o vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões.
O BDMG disponibiliza crédito para empresas públicas e privadas de todos os portes e setores, além de prefeituras e concessionárias de serviços públicos municipais. O banco é o estruturador oficial do Estado em operações de concessão comum e em modelos de Parcerias Público-Privadas (PPPs).
Governo de Minas já visa COP 30
Na sequência do evento, o vice-governador Mateus Simões e a secretária de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Marilia Melo, e o governador do Espírito Santo se reuniram com o secretário da Agência de Recursos Naturais da Califórnia (EUA), Wade Crowfoot. Eles discutiram estratégias de fortalecimento dos estados para as próximas edições da COP, em especial a COP30, prevista para ser realizada em Belém-PA, em 2025.
“O secretário da Califórnia propôs dois caminhos. Primeiro, a gente pensar em um instrumento de cooperação amplo entre o Consórcio Brasil Verde e aliança climática que eles têm com alguns estados nos Estados Unidos”, explicou a secretária Marília Melo.
“Além disso, ele propôs uma agenda mais técnica direta para identificarmos similaridades entre os estados, de forma que a gente faça uma troca a partir da experiência do que já avançou nos Estados Unidos, para incluirmos isso na nossa agenda de ação climática, tanto em relação ao plano quanto em relação às ações práticas para atingir a neutralidade”, complementou.
