Início Internacional Tentativa de golpe na Bolívia foi motivada por disputa pelo lítio, diz...

Tentativa de golpe na Bolívia foi motivada por disputa pelo lítio, diz presidente Lula

Foto: Marcelo Camargos/ Agência Brasil - Mineral crítico é fundamental para a indústria automotiva desenvolver baterias de carros elétricos; Junto com o Chile e Argentina, Bolívia concentra mais de 50% da oferta de lítio na América Latina

 

Cumprindo agenda em Minas Gerais nesta semana, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que a tentativa de golpe na Bolívia ontem pode estar relacionada com as reservas de lítio, gás e outros minérios no país. A declaração foi dada durante entrevista concedida à rádio Itatiaia, nesta quinta-feira (27).

“A Bolívia é um país que tem muitos interesses internacionais focados lá porque é a maior reserva de lítio do mundo e outros minerais críticos de muita importância, além de ter gás. É preciso que a gente tenha em mente que tem interesse em dar golpe”, disse o presidente.

Estima-se que 53% do lítio na América Latina esteja concentrado em países como Chile, Bolívia e Argentina. Chamado de “ouro branco” ou “petróleo do século 21”, o lítio é um dos minerais considerados críticos de importância central para transição energética e para as baterias dos carros elétricos.

Durante sua participação, Lula confirmou sua ida à Bolívia no dia 9 de julho, onde irá se encontrar com o presidente Luis Arce, em Santa Cruz de la Sierra, e também se reunirá com empresários locais. Lula irá à Bolívia logo após a Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul, que será realizada em Assunção, no Paraguai, nos dias 7 e 8 de julho.

“Vou lá para fortalecer o Luis Arce, para fortalecer a democracia e mostrar para os empresários que é muito importante que se mantenha a Bolívia governada democraticamente. Se não for assim, a Bolívia nem pode entrar no Mercosul.”

Sem Titulo 8 6
Chamado de Ouro Branco, lítio é abundante em território boliviano

Tentativa de golpe na Bolívia

Na última quarta-feira (26), um grupo de soldados do Exército, liderado pelo general Juan José Zúñiga, se reuniu na praça central Plaza Murillo, onde estão localizados o palácio presidencial e o Congresso boliviano. Com tanques blindados, eles arrombaram uma porta do palácio presidencial, o que permitiu que os soldados entrassem no prédio.

O presidente Luis Arce nomeou novos comandantes para as Forças Armadas, e os soldados acabaram se retirando do local. Zúñiga e cerca de uma dezena de militares bolivianos já foram presos. Clique e saiba mais sobre o contexto da crise no país vizinho.

 

Sair da versão mobile