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Projeto inovador da Biosfera transforma água amoniacal em fertilizantes e se torna referência para a siderurgia

Fotos: Divulgação - Inciativa de empresa especializada em transformação de resíduos contribui com a economia circular; Projeto da Biosfera vira exemplo para indústrias que buscam se adequar à necessidade de descarbonizar a produção

 

A Biosfera Soluções Sustentáveis, empresa especializada em transformar resíduos da indústria em materiais reaproveitáveis, trabalha em um importante projeto para impulsionar a economia circular: a empresa está convertendo a amônia contida no gás de coqueria das siderúrgicas integradas em fertilizantes para a agroindústria, gerando um coproduto de alto valor agregado.

A tecnologia é recente, desenvolvida por meio de um estudo realizado em parceria com a startup Escalab/UFMG. A pesquisa é fomentada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e o resultado dela torna a inciativa pioneira na indústria da siderurgia diante do objetivo de adequação à agenda ESG.

Conforme explicado pelos idealizadores, a tecnologia contribui para a descarbonização da indústria por meio do consumo de CO2 durante o processo que transforma a amônia em bicarbonato de amônio: Dois rejeitos da siderurgia, a água amoniacal e o CO2, são transformados em um produto que pode ser utilizado como fertilizante na agricultura. Outro aspecto importante é o envolvimento das Universidades (UFMG e UFV), da Biosfera, que trabalha com inovação, de uma indústria importante para o país, que é o setor siderúrgico, além do poder público, por meio do CNPq”, explica o Prof. Rochel Lago, diretor da Escalab/ UFMG.

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Projeto pioneiro transforma rejeito da siderurgia em produto com alto valor agregado

O gestor da Biosfera no projeto, Arnaldo Terra, complementa: Com base no produto obtido, o bicarbonato de amônio, existe um grande potencial de se obter outros fertilizantes, tais como sulfato de amônio (SAM), fosfato monoamônico (MAP), fosfato diamônico (DAP), nitrato de amônio e cloreto de amônio (CAM), a partir de resíduos ácidos gerados na própria siderurgia, ou provenientes de outras indústrias. Ao converter esses resíduos industriais em fertilizantes valiosos, são promovidas práticas responsáveis capazes de mitigar o impacto ambiental associado à emissão de carbono.

A Biosfera e a economia circular

Ao desenvolver iniciativas como a conversão da amônia rejeitada pela siderurgia em fertilizantes, a Biosfera não só adere à urgente pauta ESG como se posiciona como um exemplo a ser seguido. O projeto realiza, efetivamente, a transição para um processo industrial mais limpo e ecologicamente sustentável – materializando a economia circular, muitas vezes ainda ignorada em cadeias produtivas atuais.

O CEO da empresa, Henrique Hélcio, diz que o projeto representa uma jornada contínua em direção a um futuro industrial mais verde:Temos que pensar sempre em como transformar algo que poderia ser considerado um passivo para a indústria em um ativo que traz desenvolvimento econômico, social e financeiro para todos os públicos envolvidos, principalmente, preservando a vida, o meio ambiente e gerando riqueza”.

Reconhecimento em premiação

Por conta da relevância do trabalho realizado pela Biosfera, a empresa foi um dos destaques entre os vencedores da edição 2023 do Amcham Prêmio Eco – 40 anos. A premiação nacional é promovida pela Câmara Americana do Comércio para o Brasil (Amcham) em parceria com o Instituto Capitalismo Consciente Brasil. O prêmio foi concedido à Biosfera na modalidade Práticas de Sustentabilidade, em reconhecimento a um case parecido. Clique e saiba mais.

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