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Máquinas autônomas e o futuro da mineração

Caminhão autônomo em Carajás. Imagem: Divulgação Vale

A utilização de maquinário autônomo na mineração é cada vez maior no Brasil e no mundo. Com o objetivo de aumentar a produtividade e diminuir os riscos de acidentes operacionais, as mineradoras estão investindo em tecnologia de automação dos processos.

O avanço da tecnologia e a presença de máquinas autônomas no setor da mineração está em constante crescimento. Atualmente, várias etapas da exploração mineral já contam com equipamentos autônomos. Na região dos Carajás, por exemplo, a Vale possui caminhões autônomos com capacidade de transportar cerca de 320 toneladas de minério em áreas específicas e isoladas. Além disso, algumas mineradoras utilizam equipamentos de perfuração, pesagem e empilhamento de minério e até beneficiamento mineral que não precisam de operação humana.

No entanto, aderir às novas tecnologias do setor não é tão simples. Para que o funcionamento do maquinário autônomo seja seguro, realiza-se um longo processo de investimentos, pesquisas e muitos testes. A qualificação dos operadores também é um ponto que precisa ser trabalhado. As máquinas autônomas funcionam com base na coleta de dados, inteligência artificial, radares e recursos remotos. Portanto, as cabines de controle precisam de profissionais capacitados para a operação.

Cabine de controle para operacao de maquinario autonomo
Cabine de controle para operação de maquinário autônomo. Imagem: Reprodução Instagram

Minas autônomas no Brasil

A primeira mina autônoma do Brasil é a Mina de Brucutu, da Vale. Localizada em São Gonçalo do Rio Abaixo, Minas Gerais, ela é a maior produtora de minério de ferro no estado de Minas Gerais. Além de Brucutu, a unidade da CBA (Companhia Brasileira de Alumínio) localizada em Miraí também realiza a maior parte dos processos de forma autônoma.

Mina de Brucutu em Minas Gerais. Imagem: Reprodução Prefeitura de São Gonçalo do Rio Abaixo

A utilização de máquinas autônomas no processo de exploração mineral é um fator de interesse para as grandes mineradoras. Para os especialistas, a tendência é de crescimento do setor e consequentemente, aumento da eficiência na produção mineral.

Do ponto de vista socioeconômico, o aumento da produtividade e a diminuição dos riscos de acidentes são pontos positivos na automação dos processos. Porém, a diminuição da demanda de mão de obra pode interferir de forma significativa na geração de empregos do setor.

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