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Desconfiança cresce entre funcionários da Vale em Itabira e comércio já sente os efeitos

Imagem: Divulgação - A desconfiança é alimentada pela possibilidade de que a Vale não retome suas operações na unidade após o período de manutenção. Essa situação poderia acarretar em um cenário de desemprego em massa, afetando diretamente cerca de mil funcionários diretos, envolvidos na operação de beneficiamento de minério de ferro

 

Uma pesquisa recente realizada pelo DataMG revelou que 21% dos funcionários da mineradora Vale estão desconfiados dos planos da empresa para o município de Itabira. O estudo, conduzido entre os dias 19 e 22 de novembro com funcionários e aposentados das minas do Cauê e Conceição, aponta um clima de apreensão em relação às decisões da mineradora para a região.

A principal fonte de preocupação está no plano de manutenção da Usina do Cauê, que prevê a interrupção temporária das atividades de beneficiamento de minério, sob o argumento de uma grande manutenção preventiva.

Medos de Desemprego e Fechamento de Operações na Vale em Itabira

A desconfiança é alimentada pela possibilidade de que a Vale não retome suas operações na unidade após o período de manutenção. Essa situação poderia acarretar em um cenário de desemprego em massa, afetando diretamente cerca de mil funcionários diretos, envolvidos na operação de beneficiamento de minério de ferro. O receio é palpável entre os trabalhadores, que temem pela continuidade das atividades da mineradora em Itabira.

Entre os aposentados da mineradora, o percentual de desconfiança é ainda maior: 37% dos entrevistados não acreditam na continuidade das operações da Vale em Itabira nos próximos anos. Essa perspectiva negativa levanta questionamentos sobre o futuro da cidade, cuja economia depende fortemente da mineradora.

Impactos no Mercado Imobiliário

A pesquisa do DataMG também revelou que 47% dos funcionários da Vale têm interesse em transferir-se para outras unidades da mineradora. Este número reflete o desejo de muitos trabalhadores, especialmente os mais jovens, de mudar de cidade em busca de novas oportunidades dentro da própria empresa.

O cenário de incertezas tem gerado reflexos também no mercado imobiliário de Itabira. Com o receio do fechamento de operações e possíveis demissões em massa, várias empreiteiras encerraram suas atividades e começaram a devolver imóveis alugados. Um aumento nas devoluções foi notado no último mês, afetando negativamente o setor.

A situação de incerteza não se restringe a Itabira. Na cidade vizinha de João Monlevade, o mercado imobiliário também foi impactado por um anúncio recente da ArcelorMittal, que desistiu de investir na duplicação de sua usina. O projeto, que poderia ter gerado um aumento significativo na oferta de empregos e impulsionado o mercado imobiliário local, foi interrompido, trazendo ainda mais incertezas para a região.

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