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Vale conclui obra em estrutura de Itabira e chega a 13 barragens eliminadas desde 2019

Foto: Divulgação - Com o dique 2 do sistema Pontal, mineradora chega a seis das barragens descomissionadas em Itabira; Empresa já investiu mais de R$ 6 bilhões para descaracterização de estruturas a montante para evitar riscos de novas tragédias e atender a acordos com a Justiça

 

A mineradora Vale concluiu as obras de descaracterização do Dique 2 do Sistema Pontal, localizado na Mina Cauê, em Itabira, Minas Gerais. Com esta, empresa já eliminou 13 de suas estruturas construídas a montante no Brasil, sendo seis delas em Itabira, desde que ocorreu a tragédia de Brumadinho, em 2019.

De acordo com o comunicado emitido pela companhia (BOV:VALE3), a eliminação das barragens de mineração a montante tem como objetivo evitar novos rompimentos. No dia 25 de janeiro de 2019, mais de 270 pessoas foram soterradas por rejeito da barragem da mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho. Além dos mortos, o incidente deixou um rastro de destruição na bacia do Rio Paraopeba, a exemplo do que já havia ocorrido com o Rio Doce, em 2016.

“Com isso, a empresa atinge a conclusão de mais de 40% das 30 estruturas previstas para serem eliminadas no Programa de Descaracterização, por terem sido construídas pelo mesmo método da barragem de Brumadinho (…) O Dique 2 não recebia rejeitos desde 2019 e as obras de descaracterização geraram cerca de 200 empregos, diretos e terceirizados, priorizando a contratação de mão de obra local”, informou a nota.

Vale investe em descaracterização 

A empresa também informa que desde 2019 foram investidos cerca de R$ 6,2 bilhões no seu Programa de Descaracterização. A Vale destaca que “as obras são complexas, trazem riscos e, por isso, as soluções são customizadas para cada estrutura. O processo é realizado de forma cautelosa, tendo como prioridade, sempre, a segurança das pessoas, a redução dos riscos e os cuidados com o meio ambiente”.

Das 13 barragens a montante já eliminadas, dez ficavam em Minas Gerais (barragem 8B, Dique Rio do Peixe, barragem Fernandinho, Diques 2, 3, 4 e 5 da barragem Pontal, Dique Auxiliar da barragem 5 e as barragens Ipoema e Baixo João Pereira) e três no Pará (Diques 2 e 3 Kalunga e barragem Pondes de Rejeitos).

“Todas as barragens a montante da empresa no Brasil e as ações implementadas nessas estruturas são objeto de avaliação e acompanhamento pelas equipes técnicas independentes, que fazem parte de Termo de Compromisso firmado com os Ministérios Públicos Estadual e Federal e com o Estado de Minas Gerais, representado pela Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM) e Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMAD). A eliminação de estruturas construídas a montante é um compromisso da Vale, além de ser uma exigência legal”, diz o comunicado.

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