A Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam) decidiu suspender as operações de três mineradoras em Brumadinho, Minas Gerais, após uma fiscalização conjunta com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente.
A inspeção revelou a suspeita de crimes ambientais graves, incluindo o rompimento de diques e o carreamento de materiais que resultaram no soterramento de vegetação nativa e no assoreamento do córrego do Socomini.
Mineradoras multadas e embargadas em Brumadinho
Após as constatações de danos ambientais, as mineradoras Tejucana e Ferraria receberam multas significativas, com valores de R$ 622.280,00 e R$ 390.000,00, respectivamente. Essas empresas foram notificadas por danos ambientais como erosões severas, soterramento de áreas de vegetação e o assoreamento de córregos locais, o que comprometeu a saúde dos ecossistemas nas proximidades.
A Mineração Morro do Ipê, por sua vez, teve suas operações embargadas após o transbordamento de água da mina Tico-Tico, que carregou sedimentos até o Córrego Grande, afluente do Rio Manso. A empresa alegou que o fenômeno foi causado por chuvas intensas e rápidas, mas afirmou que suas barragens estão desativadas, são estáveis e são monitoradas 24 horas por dia.
De acordo com a Prefeitura de Brumadinho, as mineradoras Tejucana e Ferraria foram responsáveis por processos erosivos intensos, soterramento de vegetação nativa e o assoreamento de córregos da região. Esses danos comprometeram a biodiversidade local e causaram impactos no curso da água, afetando o ecossistema e as condições de vida para a fauna e flora da área.
A Feam, por sua vez, determinou que a Mineração Morro do Ipê implemente medidas corretivas imediatas para minimizar os danos e prevenir novos incidentes. A fiscalização e a atuação das autoridades ambientais reforçam o compromisso com a preservação e a recuperação do meio ambiente no estado de Minas Gerais, especialmente após os desastres ambientais que marcaram a região.