A descoberta de cinco cavernas não incluídas nos estudos apresentados durante o processo de licenciamento ambiental levou à suspensão parcial das atividades da Sandra Mineração, localizada na fazenda Escrivânia, em Prudente de Morais, região Central de Minas Gerais. A medida foi tomada pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), após inspeção realizada por técnicos da Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam), que constataram o risco de danos diretos às estruturas naturais.
A fiscalização ocorreu após a Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) aprovar um requerimento solicitando vistoria no local. A partir da constatação do potencial impacto provocado por operações da mineradora – como o trânsito de caminhões e a movimentação de solo – a Feam determinou o embargo de qualquer atividade em um raio de 250 metros ao redor das cavidades descobertas. A empresa também foi multada em aproximadamente R$ 122 mil.
Comunidade vizinha as cavernas manifesta preocupação com riscos ambientais
Com quase três décadas de operação, a mina Limeira, pertencente à Sandra Mineração, passou a ser alvo de críticas por parte de moradores do condomínio Portal do Horizonte, vizinho ao empreendimento. A principal preocupação é com a integridade das cavernas e os possíveis impactos ambientais da atividade extrativa, especialmente em relação à segurança da comunidade e à preservação do patrimônio natural da região.
A descoberta das cavernas reforça a necessidade de monitoramento mais rigoroso sobre as atividades minerárias em áreas sensíveis, principalmente quando envolvem formações geológicas raras e ecossistemas subterrâneos vulneráveis.
A Semad segue acompanhando o caso, e novas medidas poderão ser adotadas, caso haja evidências de descumprimento das exigências ambientais por parte da empresa.