Planejando-se para o fim da exploração mineral, mesmo que não haja data definida para isso, São Gonçalo do Rio Abaixo assinou nessa terça-feira (14), um termo com o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) e a Associação de Municípios Mineradores de Minas Gerais e do Brasil (Amig) para que as entidades colaborem no objetivo de buscar a sustentabilidade econômica. A pauta é recorrente em Cidades e Minerais.
O objetivo é aglutinar ações para promover parcerias com a inciativa privada para alcançar a conclamada diversificação econômica, ampliando as possibilidades de investimentos nos municípios para reduzir a dependência da mineração. Os primeiros municípios a pactuarem com as instituições foram Itatiaiuçu (MG) e Nova Lima (MG).
De acordo com o prefeito Raimundo Nonato de Barcelos, a adesão ao convênio é mais uma frente de atuação do município para ampliar as possibilidades de investimentos na cidade. “Estamos criando e requalificando as políticas públicas de desenvolvimento econômico, ora em execução, para oferecermos um ambiente ainda mais atrativo para novos negócios e, assim, reduzir a dependência da mineração. Essa forma organizada de pensar a mineração vai comprovando que estamos no caminho certo da nossa independência econômica”, disse.
São Gonçalo do Rio Abaixo deve lançar programa de diversificação em 2024
A prefeitura de São Gonçalo do Rio Abaixo revelou que está atuando em parceria com o Instituto de Estudos Pró-Cidadania (PRÓ-CITTÀ) desde julho deste ano, quando a gestão municipal aderiu ao protocolo. Atualmente, a fase é de diagnósticos, momento que prevê, entre outras ações, a criação de novos critérios para a instalação de empresas na cidade. O município estuda programas que irão oferecer incentivo financeiro para a inserção de jovens e de cidadãos, sem qualificação profissional, no mercado de trabalho local. Para isso, o município espera lançar o Programa de Diversificação Econômica de São Gonçalo do Rio Abaixo deverá ser lançado em março de 2024.
“Na mineração brasileira a sustentabilidade, a segurança e a diversificação econômica precisam andar juntas. Não é possível pensarmos em uma atividade industrial em uma cidade, sem também projetarmos o fim da atividade e o que será feito dessa cidade após a produção mineral. O que regem esses e outros projetos, com participação do IBRAM, é o fortalecimento e a diversificação da matriz econômica dos municípios mineradores. Queremos auxiliar as prefeituras a desenvolver um plano de desenvolvimento econômico, além de reposicionar e valorizar o papel dos empreendedores locais”, afirma o diretor-presidente do IBRAM, Raul Jungmann.