O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) vem realizando reuniões com comunidades atingidas pelo rompimento da Barragem da Vale em Brumadinho, em 2019, para levar informações sobre o acordo de reparação pactuado pela empresa e os órgãos dos Poderes Executivos e judiciários envolvidos. Na última quarta-feira (29), uma nova rodada de reuniões foi realizada nas comunidades de Rancho Alegre e Quartéis, no município de Inhaúma, com a participação de diversos líderes da Região 3 do Paraopeba.
As comunidades estão às margens do Rio Paraopeba, cuja bacia foi contaminada com a lama de rejeitos da barragem da mina do Córrego do Feijão. O crime ambiental também culminou na morte de 272 pessoas, na ocasião.
De acordo com o MPMG, as reuniões promovem a escuta das comunidades sobre demandas existentes, como as questões afetas ao Programa de Transferência de Renda (PTR), os danos à saúde e decorrentes das enchentes, pedidos emergenciais de água, dentre outras.
O órgão ainda realizará uma reunião virtual devolutiva, para apresentar os resultados dos encaminhamentos propostos como resposta às demandas apresentadas. Durante os encontros, a Ouvidoria do MPMG realizou atendimentos individuais.
MPMG mantêm núcleo especializado para acolher as vítimas
Os encontros foram organizados pelo Núcleo de Assessoria às Comunidades Atingidas por Barragens (Nacab). O trabalho presta assessoria técnica às comunidades das Regiões 3 da Bacia do Rio Paraopeba.
As discussões tiveram a presença de representantes do Assessoria Técnica Independente atuante no território (Nacab), da Fundação Getúlio Vargas (FGV) e da Secretaria de Estado de Saúde – (SES). Pelo MPMG, participaram a Coordenadoria de Inclusão e Mobilização Sociais (Cimos), o Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa da Saúde (CAO-Saúde/CRDS-Centro), a Central de Apoio Técnico (CEAT) e a Ouvidoria.
“Estiveram presentes as promotoras de Justiça Shirley Machado de Oliveira, Vanessa Campolina Rebello Horta e o promotor de Justiça Edson de Resende Castro, o representante da Secretaria de Estado de Saúde, Lucas Daniel de Oliveira e as representantes da Fundação Getúlio Vargas (FGV), gestora do Programa de Transferência de Renda (PTR), Marcela Januzzi e Priscila”, complementa o órgão”, informa o MPMG, em nota.