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Mineração do lítio promete transformar realidade econômica do Jequitinhonha

Foto: Divulgação - Região é mapeada pelo Governo de Minas por meio do programa Trilhas do Futuro e já aponta grande demanda de mão de obra qualificada para o Vale do Lítio

 

Desde que exportou os primeiros lotes de lítio, no último mês de julho, o Vale do Jequitinhonha vem mudando a perspectiva sobre sua realidade econômica graças à chegada da mineração. As primeiras 15 mil toneladas do mineral foram enviadas à China pela Sigma Lithium, empresa canadense com operação no Brasil e importante no papel de criar mais um polo econômico no estado, o chamado “Vale do Lítio”.

Com a instalação da mineradora e outras empresa prestadoras de serviços, veio também a necessidade de mão de obra técnica qualificada. A Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais (SEE/MG), em parceria com as Secretarias de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede) e de Desenvolvimento Social (Sedese), mantém análise constante dos dados de empregabilidade na região, com o objetivo de oferecer de forma mais assertiva cursos técnicos profissionalizantes do programa estadual Trilhas de Futuro. Os estudos realizados já identificam enormes potenciais.

O Vale do Lítio engloba os municípios de Araçuaí, Capelinha, Salinas, Teófilo Otoni e Turmalina. Pelo mapeamento, estima-se uma demanda de 1.600 vagas no setor de eletrotécnica, química, mecânica, contabilidade, segurança do trabalho, administração, manutenção de máquinas pesadas, mineração, edificações, hidrologia, metalurgia, agroindústria e florestas.

De acordo com o Governo de Minas, dois levantamentos já foram feitos neste ano: um pela Sede, em escuta ativa com o setor produtivo; e outro pelas 47 Superintendências Regionais de Ensino (SREs) da SEE/MG, a partir das demandas apresentadas localmente. Outro conjunto de dados utilizado é o Mapa de Demanda por Educação Profissional, elaborado pela Sedese.

A partir desses estudos, o Estado disponibilizará, nos próximos dias, uma lista com os cursos demandados por região. O informativo será divulgado no site da SEE/MG. “Realizaremos um mapeamento específico para o Vale do Lítio nos próximos meses para entender toda a demanda que se fará necessária para a expansão econômica da região”, revela o diretor de Atração de Investimentos e Diversificação Econômica da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Sede), Thomas Cristofaro Warrener.

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O programa

Por meio da SEE/MG, o projeto tem como objetivo oferecer, gratuitamente, cursos técnicos de formação profissional, com perspectiva de empregabilidade. O plano é aproveitar a infraestrutura já existente e a expertise de instituições públicas e privadas.

A assessora estratégica da SEE/MG, Clara Costa, explica que o Trilhas de Futuro já é um programa intersetorial de Governo e a cada edição realiza um mapeamento prévio para definir onde oferecer cada curso técnico: “Esse mapeamento é feito com base na escuta ativa do setor produtivo, pela Sede, também usamos dados da Secretaria de Desenvolvimento Social (sedese), do mapa de demanda por educação profissional que é, inclusive, uma referência nacional. Também escutamos as nossas Superintendências Regionais de Ensino (SREs) e utilizamos dados do próprio Trilhas de Futuro sobre cursos que tiveram maior adesão e maiores evasões”.

Atualmente, de acordo com o Governo de Minas, aproximadamente 130 mil estudantes estão matriculados nas três edições do programa, em todo o estado. São 82 opções de cursos em 283 instituições credenciadas, em 133 municípios mineiros.

Além da oferta gratuita da formação, todos os alunos selecionados para participar recebem ajuda de custo de R$ 20 por dia para transporte e alimentação. O Estado estima já ter investido cerca de R$ 1 bilhão no programa.

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