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Julgamento sobre desastre de Mariana entra na reta final e pode determinar indenizações de até R$ 230 bilhões

Imagem: Agência Brasil - O julgamento da tragédia de Mariana, iniciado em outubro do ano passado, reuniu mais de 42 sessões de audiências, somando aproximadamente 210 horas de discussões

O julgamento que analisa a responsabilidade da mineradora BHP pelo colapso da barragem de Fundão, em Mariana (MG), está a um passo de seu desfecho, com alegações finais previstas para ocorrer até o dia 13 de março. O processo, que já dura vários meses, tem como foco a busca de justiça para as cerca de 620 mil vítimas afetadas pelo desastre.

Na quarta-feira (5), o tribunal na Inglaterra iniciou a fase de sustentações finais das vítimas, que será seguida por mais dois dias de alegações (6 e 7 de março) antes do último dia, 13 de março, quando a defesa da BHP terá a oportunidade de se manifestar. Este julgamento coletivo pode resultar em indenizações que chegam a impressionantes R$ 230 bilhões, um valor que reflete a gravidade do acidente e seus impactos sociais, econômicos e ambientais.

Julgamento da tragédia de Mariana

O julgamento, iniciado em outubro do ano passado, reuniu mais de 42 sessões de audiências, somando aproximadamente 210 horas de discussões. Durante esse período, sete testemunhas de peso da BHP foram ouvidas sobre a responsabilidade da mineradora no desastre. Entre as questões abordadas, destaca-se o controle que a empresa tinha sobre a barragem, o conhecimento prévio sobre falhas estruturais e a forma como a BHP lidou com a tragédia após o colapso.

Além disso, especialistas brasileiros em diversas áreas, incluindo direito civil, societário e ambiental, foram convocados para fornecer seus pareceres, uma vez que a legislação brasileira fundamenta o caso.

Agora, com as alegações finais em andamento, a juíza responsável, Finola O’Farrell, deve divulgar sua sentença até meados deste ano, o que marcará o fechamento de uma etapa crucial para as vítimas de Mariana e para o setor de mineração no Brasil.

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