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Fechada desde 1988, Estação Ferroviária de Caeté é reaberta após passar por reforma

Fotos: Divulgação/ AngloGold Ashanti - Recuperação do bem foi patrocinada pela AngloGold Ashanti, por meio da Lei de Federal de Incentivo à Cultura; Estação recebeu R$ 1,2 milhão em investimentos

 

A histórica estação Ferroviária de Caeté, município minerado situado no Quadrilátero Ferrífero, a 50 km de Belo Horizonte, finalmente reabriu as portas depois de quase quatro décadas. A reinauguração ocorreu nesta terça-feira (1º), marcando a transformação da estação em um equipamento cultural da cidade.

Desde a primeira década do século XX, no local embarcavam caetanenses e mercadorias para viajar pelos trilhos de Minas Gerais. Mas, em condições precárias, o patrimônio havia fechado as portas em 1988.

Para a reforma da estação foram investidos cerca de R$ 1,2 milhão na obra, com patrocínio de R$ 942 mil da produtora de ouro AngloGold Ashanti, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, e R$ 320 mil destinados pela Prefeitura de Caeté. A prefeitura ficará à cargo da gestão do espaço.

Paralelamente à reabertura foi feita a inauguração da Escola de Música Maestro Miguel Teodoro Fonseca, levando o título em homenagem ao maior compositor caetanense do período barroco. Fonseca tem peças apresentadas ao redor do mundo até os dias atuais. Inicialmente, a escola atenderá 120 alunos divididos em três turnos.

No mezanino, conforme informado pela mineradora que patrocinou a obra, a estação abrigará um arquivo público, com documentos centenários de Caeté. Há planos para que a Secretaria Municipal Cultura, Turismo e Patrimônio se instale no local, que também deverá ser usado para realização de atividades culturais como saraus, shows e apresentações.

No evento de reabertura da estação, os moradores puderam assistir à exibição do documentário “Trilhos de arte e memória”, que conta a história do transporte ferroviário em Caeté, produzido pelo Museu Regional de Caeté. O evento contou ainda com a apresentação “Músicas que andam nos trilhos”, coordenada pelo Maestro Henrique Reis, professor responsável pela escola de música.

“Esta é uma entrega importante para o município. Trata-se de um prédio de 1909 com enorme valor histórico e cultural. Com a revitalização, estamos entregando um equipamento com potencial artístico e de promoção da cultura e turismo locais”, afirma o presidente da Fundação Casa de Cultura de Caeté, Darlan Corradi.

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Escola de Música Maestro Miguel Teodoro Fonseca é uma das novidades do revitalizado equipamento turístico

As obras na estação

A restauração da estação ferroviária foi fruto do primeiro projeto aprovado pela Prefeitura de Caeté na Lei de Incentivo à Cultura.  A aprovação foi seguida do apoio da AngloGold Ashanti, que viabilizou o recurso para execução das obras.

“Contribuir para a reabertura desse equipamento público reforça aquilo que acreditamos, que é a possibilidade de deixar um legado para as comunidades onde operamos por meio da cultura, geração de renda e trabalho. Esperamos que essa restauração possa render bons frutos para todos os caeteenses, valorizando a cultura da cidade e resgatando as memórias de infância de gerações”, diz a gerente de Relacionamento com Comunidades e Desenvolvimento Social da AngloGold, Carla Lemos.

De acordo com a AngloGold Ashanbti, todos os espaços do prédio, além dos jardins, foram reformados, respeitando as características históricas do prédio e recuperando tanto a parte estrutural quanto a beleza estética da estrutura. O projeto se iniciou com limpeza e remoção de objetos e entulhos acondicionados de forma indevida, bem como retirada de estruturas degradadas (madeiramento, pintura, esquadrias, vidros, alvenarias, entre outros).

“A restauração teve início pelo telhado e forro, que foram totalmente recuperados, com intervenções nos sistemas elétrico e hidráulico; construção de novas estruturas, tratamento de pisos, pintura de esquadrias, alvenarias, forros, muros, instalação de todo o sistema de combate a incêndio, além de adequações às normas de acessibilidade, entre outras intervenções. Todo o trabalho foi feito de acordo com o projeto arquitetônico e preservando as características históricas do imóvel”, detalha a mineradora.

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