Na quarta-feira (27), representantes de oito cidades mineiras atingidas pelo rompimento da barragem de Fundão, na cidade de Mariana, ocorrida em novembro de 2015, estiveram em Londres para acompanhar o início de uma audiência em uma corte inglesa.
O objetivo da audiência é decidir se os municípios têm o direito legal de processar a empresa BHP Billiton, responsável pela operação da barragem, que causou uma das maiores tragédias ambientais do Brasil.
O rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), resultou na morte de 19 pessoas e na contaminação do Rio Doce com milhões de metros cúbicos de rejeitos de mineração. O desastre afetou diretamente as comunidades localizadas ao longo do rio, provocando danos ambientais e sociais imensuráveis.
Desde então, os prefeitos, vice-prefeitos e secretários municipais das cidades atingidas têm buscado reparações para minimizar os impactos e garantir justiça às populações afetadas.
O Processo Judicial em Londres pela tragédia de Mariana
A BHP Billiton, multinacional com sede no Reino Unido, é uma das principais responsáveis pela operação da barragem de Mariana e a decisão da corte inglesa pode estabelecer um precedente importante sobre a responsabilidade das empresas em desastres ambientais.
A questão central da audiência é se as cidades afetadas têm legitimidade para processar a empresa no Reino Unido, onde ela possui sede, como forma de buscar compensações pelos danos causados.
A audiência, que marca um passo importante na luta por justiça por Mariana, pode definir os rumos dos processos judiciais e das possíveis reparações financeiras e ambientais para as cidades atingidas.
Caso os municípios sejam autorizados a seguir com o processo, isso pode representar um avanço importante não apenas para as cidades de Minas Gerais, mas também para outros casos envolvendo empresas multinacionais e desastres ambientais em escala global.