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Ibram apresenta plano para descaracterização de 90% das barragens de rejeitos até 2027

Segundo o encontro, o IBRAM pretende manter informações precisas e atualizadas sobre as medidas implementadas para garantir a segurança das barragens de rejeitos

Foto: Vale/ Divulgação - Instituto pretende manter informações precisas e atualizadas sobre as medidas implementadas na descaracterização das barragens para contribuiir com a segurança das estruturas

 

O Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) apresentou, nesta quinta-feira (20), avanços na descaracterização das barragens de rejeitos das mineradoras associadas. em entrevista coletiva, o diretor-presidente do instituto, Raul Jungmann, destacou a gestão da segurança dessas estruturas e o compromisso do setor o meio ambiente.

Descaracterização das barragens deverá ser feito até 2027

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Imagem: ANM

De acordo com o Ibram, o instituto pretende manter informações precisas e atualizadas sobre as medidas implementadas na descaracterização das barragens para garantir a segurança. Um levantamento recente da entidade, baseado em dados oficiais desde fevereiro de 2019, após o rompimento da barragem em Brumadinho (MG), mostrou que o número de estruturas em processo de descaracterização diminuiu de 74 para 52 até abril de 2024.

Dados do Ibram mostraram, ainda, que mais de 90% das barragens deverão estar descaracterizadas até 2027, onde 52 barragens a montante, 5 estão no Nível de Emergência 2 e outras 3 no Nível de Emergência 3.

Jungmann diz que “fundos abutres” influenciam processos

Imagem: Reprodução

Questionado pelo Cidades & Minerais sobre ter recorrido ao STF para barrar processos contra mineradoras fora do país, visto que são quase 10 anos sem que vítimas da tragédia de Mariana fossem acolhidas pela Justiça brasileira, Raul Jungmann afirmou: “Somos favoráveis àqueles que foram atingidos e impactados pelas mineradoras. Embora não tenhamos controles sobre justiça, porque não somos parte delas, sabemos que as mineradoras são responsáveis e cabe a elas esse processo. Entretanto, entramos no STF contra ações protocoladas no exterior, pois isso pode afetar o setor mineral brasileiro”, disse ele.

Para o diretor-presidente, existe por traz dessas ações o chamado “Fundo Abutres”, articulados atrás de escritórios de advocacia em defesa do interesse externo e não daqueles que foram atingidos pela tragédia.

“Por isso que eles abrem processos em diferentes países. E como que fica o Brasil? Podemos ter a destruição das mineradoras brasileiras e até da mineração nacional por conta disso. Essas ações não estão preocupadas com os brasileiros. Mariana se encontra em uma decisão final e tem que ser dividido entre os atingidos. Não estamos fazendo defesa das mineradoras e sim das atividades mineradoras no Brasil. Portanto, reitero, em defesa do Brasil e daqueles que foram atingidos, sendo recompensado de forma séria, sem a intervenção dos ‘fundos abutres’ de indústria da tragédia” finalizou Raul Jungmann.

Além disso, o dirigente do Ibram revelou que a indústria da mineração já aplicou US$ 2 bilhões em medidas de segurança até o momento. Projetando o futuro, o setor planeja investir um montante total superior a US$ 6 bilhões (aproximadamente R$ 30 bilhões) para completar o processo de descaracterização das barragens identificadas.

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