Início Cidades & Mineradoras Barragem da Vale em Mariana começa a ser descaracterizada

Barragem da Vale em Mariana começa a ser descaracterizada

Foto: Divulgação - Estrutura na Mina da Alegria está em nível 1 de emergência e não recebe rejeitos desde 2015; Previsão é de que obras terminem em 2026

 

A Vale realiza desde o último dia 20 de abril as obras de descaracterização da barragem Campo Grande, em Mariana (MG). O reservatório está em nível de emergência 1 do Plano de Ação de Emergência de Barragens de Mineração (PAEBM) e não recebe rejeitos desde 2015. Os trabalhos de implantação de reforço para a estrutura e adequações no sistema de drenagem visam melhoria da condição de estabilidade a longo prazo.

De acordo com a empresa, a previsão é de geração de até 900 empregos, entre trabalhadores diretos e terceirizados, com priorização da contratação de mão de obra local. A conclusão das obras na barragem Campo Grande acontecerão em área interna da empresa, sem moradores na Zona de Autossalvamento (ZAS), e está prevista para 2026.
Ainda de acordo com a Vale, a barragem Campo Grande é monitorada 24 horas por dia, pelo Centro de Monitoramento Geotécnico (CMG) da empresa. Ela também passa por inspeções rotineiras de equipes internas e externas.

Outras barragens

A Vale informou em comunicado que seis das 18 estruturas alteadas a montante no Brasil que ainda passarão pelo processo já tiveram as obras iniciadas. Desde 2019, das 30 que usavam esse método de construção, 40% já foram eliminadas, o que equivale a 12 estruturas. Nove delas estão em Minas Gerais e outras três no Pará.
Em Itabira, o Dique 2 do Sistema Pontal, localizado na Mina Cauê, também teve as obras de descaracterização iniciadas. Para a estrutura, o processo está previsto para ser concluído neste ano e representará a 13ª barragem alteada a montante da Vale eliminada no Brasil desde 2019.
A empresa calcula ter investido desde 2019 cerca de R$ 5,8 bilhões no Programa de Descaracterização. A eliminação de estruturas construídas a montante começou depois do rompimento da Barragem da mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho, quando 272 pessoas perderam a vida e o Rio Paraopeba foi contaminado com rejeitos. A medida atende às exigências da legislação sobre a mineração e a novas diretrizes de segurança da mineradora.

Sair da versão mobile