Entre os dias 31 de janeiro e 1° de fevereiro, a Justiça Inglesa irá analisar uma ação coletiva movida por 700 mil atingidos pelo rompimento da barragem da Samarco, em Mariana (MG), — que provocou a morte de 19 pessoas e impactou populações de várias cidades ao longo da bacia do Rio Doce, em Minas Gerais e no Espírito Santo.
A ação é movida contra as mineradoras BHP Billiton e Vale, acionistas da Samarco, que devem mandar representantes para as sessões.
Audiências em Londres vão contar com a presença de indígenas, quilombolas, entre outros grupos impactados pela lama do Rio Doce
A reunião será realizada no Tribunal de Tecnologia e Construção de Londres e discutirá o andamento do processo, o que será levantado no julgamento, planos e cronograma para a próxima audiência. O julgamento de responsabilidade por violação de barragens está programado para ocorrer nos tribunais da Inglaterra e do País de Gales em outubro de 2024.
As audiências em Londres vão contar com a presença de indígenas, quilombolas, entre outros grupos impactados.
Ações coletivas ambientais estão pendentes nos tribunais do Reino Unido desde 2018 contra a anglo-australiana BHP Billiton. Depois que um tribunal britânico confirmou a jurisdição do caso na Inglaterra e no País de Gales, a BHP fez um pedido à Vale em 2022 para que a Vale também fosse responsável pelo pagamento de eventuais custos de condenação, mas isso foi contestado pela empresa brasileira.