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Estratégia de Trump em busca de recursos como lítio e terras raras pode colocar Brasil no centro de disputa política

Imagem: Divulgação - Nova taxação do presidente Donald Trump entrou em vigor no último sábado (5), estabelecendo uma taxa de 10% para as importações brasileiras – a menor dentre as tarifas aplicadas.

O Brasil está se posicionando de maneira estratégica no cenário global, com vastas reservas de minerais essenciais que são cada vez mais importantes para o desenvolvimento econômico e tecnológico. Dentre os 51 produtos importados pelos Estados Unidos nessa área, o país detém grandes reservas de minerais como cobre, lítio, silício e terras raras, recursos que são fundamentais para diversos setores industriais.

Segundo Raul Jungmann, presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), é apenas uma questão de tempo até que o governo dos Estados Unidos procure o Brasil para discutir o fornecimento desses minerais.

O impacto geopolítico do lítio e terras raras

Com o aumento do interesse dos Estados Unidos em diversificar sua cadeia de suprimentos, especialmente em relação a minerais estratégicos, o Brasil se vê em uma posição competitiva. Jungmann acredita que a oferta desses recursos críticos será um tema importante na agenda geopolítica dos próximos anos, especialmente com a crescente demanda de minerais para tecnologias emergentes.

Para que o Brasil aproveite essa oportunidade, é essencial fortalecer a governança, melhorar os padrões ambientais e consolidar sua presença no mercado americano, tornando-se um parceiro crucial para os EUA.

Os minerais como nióbio, lítio, silício, cobre e terras raras têm um papel vital na indústria global. O nióbio, por exemplo, é essencial para a indústria siderúrgica, sendo utilizado em ligas de aço avançadas, materiais magnéticos e supercondutores. Já o lítio, além de fundamental para o armazenamento de energia em baterias, é um componente chave em carros elétricos, aviões e até em tecnologia nuclear.

O silício tem uma importância crescente nas indústrias de tecnologia, sendo usado em chips de computadores, semicondutores, células solares e até em vidros especiais. O cobre, por sua vez, é indispensável na construção de usinas eólicas e na transmissão de eletricidade. Já as terras raras, compostas por 17 elementos químicos, são cruciais para a fabricação de smartphones, computadores, veículos elétricos e equipamentos militares, com aplicações de alta demanda no mercado global.

Em um cenário global de crescente dependência desses recursos, o Brasil tem a chance de se posicionar como um fornecedor estratégico, aproveitando sua vasta riqueza mineral para fortalecer sua relação com grandes potências econômicas, como os Estados Unidos.

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