Os Estados Unidos formalizou, na quinta-feira (2), a devolução de uma esmeralda gigante, considerada um tesouro nacional do Brasil, após mais de uma década de disputas judiciais. Avaliada em aproximadamente R$ 6 bilhões, a pedra de 380 kg foi extraída ilegalmente da Bahia, em 2001, e foi objeto de uma longa luta legal para ser repatriada.
A decisão de devolução foi tomada pela Justiça americana em novembro, quando o Tribunal Distrital de Columbia reconheceu que a esmeralda foi contrabandeada.
A história da esmeralda “Bahia”
Conhecida como “Esmeralda Bahia”, a pedra foi encontrada no município de Pindobaçu, na Bahia, uma região famosa por suas minas de esmeraldas. Após ser extraída, a peça passou de mão em mão até ser vendida por um garimpeiro por R$ 45 mil.
Em 2005, ela foi levada para os Estados Unidos por dois cidadãos brasileiros e, posteriormente, desapareceu durante o furacão Katrina, que devastou Nova Orleans.
A pedra foi recuperada por mergulhadores que a encontraram em um cofre submerso. Ao longo dos anos, a esmeralda passou a ser disputada por diferentes investidores, até ser rastreada pela polícia de Los Angeles em 2008, quando ficou sob custódia das autoridades.
Em 2017, os brasileiros envolvidos no contrabando da pedra foram condenados por diversos crimes, incluindo o uso de documentos falsos e contrabando, o que permitiu ao governo brasileiro solicitar a repatriação. O pedido foi acatado, e a esmeralda finalmente será devolvida ao Brasil.
O futuro da pedra preciosa no Brasil
A pedra será exposta no Museu Nacional do Rio de Janeiro, mas ainda não há data definida para a transferência da peça. O cumprimento da decisão judicial foi protocolado em 6 de dezembro, e a pedra permanece sob a custódia da Polícia de Los Angeles.
Apesar da formalização da devolução, a repatriação ainda está sujeita a possíveis contestações legais, o que pode atrasar a execução final da decisão.