Com o lançamento do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a duplicação da BR-381 entre Belo Horizonte e Governador Valadares voltou a tomar a pauta tanto do Governo Federal quanto do Governo de Minas nos últimos dias. A participação da iniciativa privada é uma das apostas do governo federal para executar os projetos, com a concessão da administração de trechos às empresas especializadas.
Em Minas Gerais, a BR-381 está entre sete das principais propostas contempladas pelo plano de concessões da equipe do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A duplicação da via, com um amplo histórico de problemas, é promessa de campanha de Lula.
O ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT-SP), esteve em Belo Horizonte na última sexta-feira (15) para anunciar a construção de moradias do “Minha Casa, Minha Vida” no terreno do Aeroporto Carlos Prates e falou sobre o assunto em entrevista à Rádio Itatiaia, da capital mineira:
“É um modelo mais ágil. As obras podem acontecer o mais rápido possível. É um modelo já construído, inclusive, em outros estados. A participação da iniciativa para a construção de uma estrada acelera os investimentos, pela característica. Não é preciso (passar por) vários obstáculos que, às vezes, (é preciso enfrentar) se fizer uma obra só, por iniciativa do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
Investimentos
De acordo com o Governo Federal, Minas Gerais receberá R$ 171 bilhões em obras do PAC, mais de R$ 60 bilhões apenas em investimentos destinados à malha rodoviária. Por sua vez, o Governador Romeu Zema cobrou que a promessa mais uma vez não fique no papel:
“Nós elencamos diversas obras que julgamos como prioritárias e que foram informadas ao governo federal cerca de 60 a 90 dias atrás. Dentre as obras prioritárias, temos principalmente as grandes rodovias federais que cortam Minas Gerais. Temos uma necessidade urgente de resolvermos a questão da BR-381 no trecho que vai de Belo Horizonte para o Espírito Santo. É uma rodovia que já precisava ter sido duplicada, não há anos, mas há décadas, e que causa congestionamentos e acidentes que dificultam o desenvolvimento do leste do estado, que nunca tem facilidade de conexão com a capital. Temos ainda a questão da reconcessão da BR-040, que é uma rodovia também problemática e precisa de uma manutenção melhor”, disse Zema, em entrevista à TV Alterosa.
“Temos ainda a BR-262 entre Belo Horizonte e Triângulo Mineiro, uma rodovia que já teve uma parte duplicada até Nova Serrana, mas que precisa urgentemente também ampliar essa duplicação, ou, pelo menos, termos terceiras faixas nos trechos de serra”, concluiu o governador.