O diretor-presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), Raul Jungmann, e o diretor de Assuntos Associativos e Mudança do Clima, Alexandre Mello, visitaram a fábrica da montadora BYD (Build Your Dreams), greentech chinesa especializada em mobilidade elétrica, energia limpa e tecnologia. A visita ocorreu nesta quinta-feira (11), em Shenzhen, um polo tecnológico na província de Guangdong, no sul da China.
O presidente do Ibram conversou com representantes da BYD e constatou que a companhia está interessada nos minérios produzidos no Brasil. “Temos 91 tipologias minerais produzidas no país e se investirmos em pesquisa mineral diversas outras poderão também entrar em produção”, afirmou Jungmann.
Em relação à utilização de minérios para produzir energia limpa em maior escala, Jungman ressaltou que o Brasil tem uma janela de oportunidades nesta área e poderá ser um protagonista na transição para uma economia de baixo carbono. “Desta forma, não apenas garantimos um planeta mais sustentável para as gerações futuras, mas também solidificamos nosso papel como líderes na construção de um futuro energético mais justo e equitativo”, finalizou.
Além de visitar montadora, Ibram apresentou panorama da mineração no Brasil
Raul Jungmann também participou na última quarta-feira (10) do Brazil China Meeting, na cidade chinesa de Shenzhen. O evento vai até o próximo dia 13 de janeiro, com foco em negócios entre países dos Brics, mecanismo internacional de cooperação econômica e desenvolvimento formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.
Em sua apresentação, o presidente do Ibram exibiu números que evidenciam o potencial transformador e o progresso socioeconômico que a indústria mineral proporciona à sociedade: “Em 2022, produzimos 1,4 bilhão de toneladas de minérios, exportamos US$ 41,7 bilhões e isso representa 40% do superávit brasileiro em exportações. Tivemos um faturamento de R$ 250 bilhões e atualmente mantemos mais de 201 mil empregos diretos e induzimos mais de 2,2 milhões de empregos indiretos. Nós somos, sem sombra de dúvidas, um dos três principais setores produtivos do Brasil. Com uma longa história com a China”.
“Eu acredito que os próximos anos da relação entre Brasil e China serão intensos e com grandes oportunidades, pelo fato de o Brasil presidir o bloco econômico Brics, o G20, no Rio de Janeiro, e a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), em Belém”, finalizou Jungmann.