Papa Francisco faleceu nesta segunda-feira (21), aos 88 anos, no Vaticano. Sua morte foi confirmada às 7h35, horário local, na Capela da Casa Santa Marta, onde o comunicado oficial declarou: “O Bispo de Roma, Francisco, retornou à casa do Pai”.
Jorge Mario Bergoglio, nascido em Buenos Aires em 17 de dezembro de 1936, enfrentava sérios problemas de saúde nos últimos anos. Sua última aparição pública foi no domingo de Páscoa, dia 20 de abril, durante a tradicional bênção pascal.
Problemas respiratórios marcaram os últimos meses do Papa Francisco
A saúde do papa vinha sendo motivo de preocupação desde fevereiro de 2025, quando foi internado no hospital Policlínico Agostino Gemelli, em Roma, para tratar uma bronquite. No entanto, exames detectaram um quadro mais grave: pneumonia bilateral. O agravamento do quadro levou a uma série de complicações, incluindo uma infecção polimicrobiana no trato respiratório, crises de asma, anemia e plaquetopenia – que demandaram até transfusão de sangue.
Durante a internação, o Vaticano emitiu diversos boletins médicos, informando que o Papa Francisco estava sendo submetido a tratamento com oxigênio de alto fluxo, mas apresentava fragilidade crescente. Em 23 de março, ele recebeu alta hospitalar e passou a se recuperar sob vigilância médica no Vaticano. Apesar da leve melhora em fevereiro e de sinais de recuperação, seu estado de saúde permaneceu crítico.
Mesmo debilitado, Francisco manteve gestos simbólicos de seu pontificado, como o telefonema ao pároco de Gaza em 25 de fevereiro, expressando solidariedade e agradecimento pelas orações de fiéis ao redor do mundo. Uma vigília de oração chegou a ser organizada na Praça São Pedro, em demonstração de apoio.
A morte do Papa Francisco encerra um ciclo iniciado em março de 2013, quando foi eleito como o primeiro líder jesuíta e também o primeiro latino-americano a comandar a Igreja Católica. Sua trajetória foi marcada pelo compromisso com os pobres, o diálogo inter-religioso e a busca por uma Igreja mais próxima das pessoas.
