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Minerais raros da Ucrânia vira peça chave para fim da guerra com a Rússia após acordo com EUA

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Minerais raros da Ucrânia vira peça chave para fim da guerra com a Rússia após acordo com EUA
Imagem: Divulgação - A assinatura do pacto com uso de minerais raros representa a consolidação de negociações que vêm ocorrendo desde o retorno de Trump à Casa Branca

Em uma movimentação estratégica que pode mudar os rumos do conflito no Leste Europeu e reposicionar os Estados Unidos na corrida tecnológica global, os governos de Donald Trump e Volodymyr Zelensky oficializaram na quarta-feira (30 de abril) um acordo que permitirá aos norte-americanos acesso direto a minerais raros ucranianos. Em troca, os EUA oferecerão apoio militar e diplomático à Ucrânia em sua luta contínua contra a Rússia.

A assinatura do pacto representa a consolidação de negociações que vêm ocorrendo desde o retorno de Trump à Casa Branca. O anúncio foi feito pelo atual secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, e marca um avanço relevante na cooperação entre os dois países.

Encontro informal selou o avanço para EUA ter acesso aos minerais raros

Um ponto de virada nas conversas foi um breve, mas simbólico, encontro entre Trump e Zelensky no Vaticano, no último sábado (26 de abril), durante o funeral do papa Francisco. A conversa, que durou apenas 15 minutos, ocorreu sem previsão oficial, mas foi determinante para alinhar interesses e dar continuidade ao acordo.

A proposta inicial partiu da Ucrânia em outubro de 2024, como parte de uma estratégia delineada por Zelensky para conquistar uma vitória definitiva na guerra. Desde então, o país buscava uma aliança mais firme com os EUA, principalmente em troca do fornecimento de metais de terras raras — recursos fundamentais na produção de tecnologia de ponta, como semicondutores e baterias.

Menos China, mais influência americana

Do lado americano, o benefício vai além da geopolítica e acesso aos minerais raros. O acordo atende diretamente a um dos principais objetivos da nova gestão Trump: reduzir a dependência dos Estados Unidos em relação à cadeia de suprimentos chinesa. Com o acesso aos recursos ucranianos, Washington ganha fôlego para fortalecer sua base industrial e ampliar sua independência tecnológica.

Apesar do avanço atual, o caminho até aqui não foi livre de incertezas. Em fevereiro de 2025, Zelensky expressou dúvidas públicas sobre a viabilidade do pacto, alegando a ausência de garantias concretas de segurança por parte dos EUA. Esse impasse, no entanto, parece ter sido superado após o recente diálogo no Vaticano.